quarta-feira, novembro 23, 2005
bicicleta = perigo
A bicicleta é principal veículo por estas bandas. Há mais lojas de bicicletas do que de carros, há mais estradas (mesmo alcatroadas) para bicicletas do que para carros, há quase tantos semáforos para bicicletas como para carros, há mais gente a usar bicicletas que carros e logicamente há mais bicicletas que carros. O que é lógico, uma vez que o sítio mais alto deste aglomerado de ilhas fica ~350m acima do nível do mar.. o que faz com que tudo seja (mais ou menos) plano. Enquanto para nós, tugas da tugolândia, a bicicleta não passa de um brinquedo enquanto chavalos, em que praticamos tudo o que há de mais radical, que vai desde longos cavalos (ou tentativas de) a incríveis éguas (ou cambalhotas acrobáticas), de sem mãos e pés a sem dentes. No entanto, isto depois de uns anos e tal passa a ser cansativo, e acabamos por nos mudar para o conforto automobilístico e o consequente stress do tráfego rodoviário. E ficamos contentes. Aqueles que crescem e não dão este salto fundamental para chegar a adulto, trocam a bicla de chavalo por uma mais pequenita, uma BMX toda tuNNing, e passam os dias aos pinotes e aos trabulhões. Aqui, na dinamarca, eles não crescem nem se radicalizam. A bicicleta estilo sec XVIII é ainda um sucesso e acompanha um qualquer ser andante dos seus 7 aos 70 anos. | Mas porque é a bicicleta um perigo? Passo a explicar na primeira pessoa. Em dias normais (sem chuva ou quantidade excessiva de gelo ou neve) eu utilizo um destes exemplares para me deslocar à faculdade. Obedeço a quase todos sinais que encontro e 5km depois estou no meu destino. O percurso é invertido mais tarde, por vezes à noitinha, no meu caminho de casa. Depois há uns dias em que tenho treinos de andebol, perto da faculdade. Duas vezes por semana para ser exacto. O que difere nestes dias, é que [começar a somar] após 5km ao ir, um longo dia de trabalho, um jantar ligeiro (pois tenho de estar levezito pró treino) e 2h de treino intensivo chega a hora de regressar a casa.[Resultado: esgotadinho, rebentadito, feito em papa] Em dias normais, quando a roda da frente passa por um buraco, automaticamente mudo de sentado a suportado pelas pernas (apoiado nos respectivos pedais) e mantenho-me a uns 5cm de distancia do assento enquanto a física toma conta da bicicleta, regressando ao assento quando tudo parece mais estável. Tudo isto numa questão de milésimos de segundo. Em dias mais cansativos, quando a roda da frente passa por um buraco, automaticamente fecho os olhos and hope for the best, esperando que o buraco seja o menos fundo possível - tentando afastar a súbita ideia de que poderá ser um bruto calhau e que fique a falar "fininho" durante um mês... Depois, o INE cá do sítio diz que 1 em cada 5 dos rapazolas é infértil, apresentando como uma das causas o uso excessivo da bicicleta. E eu digo: tá claro! |
3 comentários:
por andre, Às 12:12 da tarde
lindo!! poupa-te rapaz vai a pé. se quiseres posso-te uma carroça num avião assim com o burrito e a carroça de certeza que não vais fazer parte da estatistica do "infertéis", pelo menos devido ao uso desse maldito objecto castrador.
Muito agradecido pelas generosas ofertas!!
Sem dúvida que a qualidade de vida subiria exponencialmente caso comece a usar o burrito e a carroça pelas ruas de copenhaga, largando minas para o resto da malta! A isso sim, chamava eu diversão!
Mas será aí que se aplica a tal expressão "passar de cavalo pra burro"??
De qualquer forma, obrigado amigos por se preocuparem pelo bem estar! :)
Sem dúvida que a qualidade de vida subiria exponencialmente caso comece a usar o burrito e a carroça pelas ruas de copenhaga, largando minas para o resto da malta! A isso sim, chamava eu diversão!
Mas será aí que se aplica a tal expressão "passar de cavalo pra burro"??
De qualquer forma, obrigado amigos por se preocuparem pelo bem estar! :)
Já sofri muito com eles e com a neve escorregadia.
Eu comprometo-me a dar-te um burrito para ires para os treinos a galope ok? Sempre ficas só com as nadegas pisadas.
Eu estou só a pensar no teu futuro míudo ;)
E nos futuros miudos loiros de alheira no bolso