O Blog do Nando

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quinta-feira, julho 31, 2008

2 pró Gabriel


O Gabriel fez dois anos. Por muito que tente escrever, não encontro palavras para explicar o que foram dois anos a ver o Gabriel crescer. Logo pela manhã entregamos-lhe a prenda com intenções de lhe dar um mano ou uma mana mais tarde neste dia. Cheguei a estar convencido. Estava mesmo com a "fezada" toda para hoje. Os dois no mesmo dia era qualquer coisa que me agradava, sem saber ao certo explicar porquê. A mãe diz que é melhor cada um ter o seu dia de aniversário, mas sendo estes dias tão próximos um do outro não irão acabar por celebrar no mesmo dia fazendo com que um deles antecipe ou o outro atrase? Talvez não, mas isso não me desvia do encanto pelo mesmo dia. Que se vai muito em breve, a não ser que a próxima meia-hora, última do dia, seja algo intensa. Nem com voltas, truques de agulhas e comidas especiais o caso andou mais depressa. Será a natureza a tomar o seu tempo para uma obra perfeita, certamente. Mas no mesmo dia, seria como até o capitão Palhua disse há dois dias atrás: "Se nascer no dia do irmão, pode-se dizer que é mesmo trabalho de Engenheiro, ainda que informático! Precisão acima de tudo!" Parece que está ligeiramente atrasado.. o que se pode dizer que tem bem a quem sair :)

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sexta-feira, julho 25, 2008

waiting...

Era para ser hoje. Mas afinal já não vai ser... pergunto-me o que terá acontecido. Será que se esqueceu? Ou será que ninguém lhe disse que era hoje? Saberia, mas não teria calendário? Ou terá perdido o transporte? Não teria como comprar bilhete? Talvez tenha adormecido ou não teria acordado a tempo? Não estaria preparado? Terá medo? Não estará curioso por nos ver? E de saber como tudo é cá fora? Pois nós já sabemos muitas coisas, não tudo claro, e estamos mortinhos para conhecer quem de lá chegar..

quinta-feira, julho 24, 2008

véspera

Estamos de véspera. O que me lembra como tudo se iniciou há dois anos atrás, mais semana menos semana. Por volta desta hora (22:45) ia-mos em direcção à maternidade, deixando para trás o concerto dos Sigur Rós que seguia-mos em directo pela tv. Teria sido isso que o decidiu a juntar-se a nós? Já no forno dos bebés, foi altura de esperar, no meu caso, e do aguentar, no caso dela, até que a hora finalmente chegasse. Ás 6:37, pela fresca, conhecemos finalmente o Gabriel, que fez questão de mostrar o seu desagrado pelo facto do concerto já ter acabado àquela hora. Para mim, o mais difícil das sete horas na maternidade foi mesmo manter-me acordado durante parte da noite. É uma altura bastante frustrante. Uma altura em que nada do que possamos ou saibamos fazer ajuda. Enquanto acontecia alguma coisa, a adrenalina mantinha-me bem desperto e nem pestanejava, mas quando vinham os longos períodos de espera, num quarto escuro, com ruídos de fundo que serviam de canção de embalar, as pestanas teimavam em pesar bastante. Ao que parece a história não se repete exactamente da mesma forma, a não ser que esteja meia-hora atrasada, o que me dá esperanças de que tudo possa acontecer durante o dia. De qualquer forma, já tenho um Saramago pronto para levar. E amanhã, seremos quatro?

terça-feira, julho 22, 2008

jazz

somewhere over the rainbow
bluebirds fly
birds fly over the rainbow
why then, oh why can't I?

Quintas é dia de Jazz. Ainda que seja apenas durante o verão, é melhor que nada. Após ter assistido ao primeiro e ao terceiro concerto, a qualidade é muito boa e a vontade que a próxima quinta chegue depressa é bastante, ainda que a presença no próximo seja uma grande incógnita. E o que tivemos até agora foram os Bláir Skuggar, um quarteto munido de saxofone, guitarra, hammond e bateria. Foi bom, mas o melhor estava para vir, na minha opinião. Na passada quinta, os Gulla og kvartett maravilharam quem lá esteve para ver e ouvir. Estes traziam voz, guitarra, piano, baixo e bateria. E traziam um jazz mais ao meu gosto. Menos psicadélico, mais melodioso, com grandes pormenores e excelentes interpretações. Acabaram, já em terceiro encore, com a Over the Rainbow no que foi, provavelmente, a melhor versão que já ouvi dessa música. Saí com pena de não poder carregar no "replay".

Ketilhús, Akureyri, 17.07.08

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segunda-feira, julho 21, 2008

há 39 anos

E agora um pouco de história: há exactamente 39 anos, estas eram as primeiras páginas de dois importantes jornais, cada um no seu nível de seriedade.

The New York TimesThe Onion
(clique na imagem para aumentar)

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quarta-feira, julho 16, 2008

toyota

Mais uma vez anúncios publicitários. A Toyota conseguiu compilar vários aspectos da difícil vida islandesa, enquanto passa a mensagem que um Toyota está lá para o que der e vier. Com uma música bem engraçada, e diferente, de um dos mais famosos, apenas nacionalmente, músicos islandeses "Megas", acho que o resultado está muito bem conseguido. Segue o anúncio e algumas explicações das cenas, não por achar que não o conseguem entender, mas como é para audiências "locais" podem perder alguns detalhes...



Começando com o tempo, em especial os ventos fortes típicos de algumas zonas, passando para o par de turistas que ficam surpreendidos com o que lhes é servido, um verdadeiro prato típico islandês: "cabeça de ovelha", e de volta ao tempo. Segue-se a força da natureza e a constante subida dos preços, neste caso de 2.499kr para promoção a 5.299kr, mais tempo e o tão conhecido olhar de medo para o contador das coroas nos postos de abastecimento. Depois as surpresas enquanto se conduz e os irónicos banhos de sol, a celebração de um golo para a equipa da casa embora o resultado não seja o melhor, com o típico islandês a dizer "fantástico, já os vamos arrumar!" e a acabar com o ficar "atolado" no meio do nada. E por muito que não pareça, tudo isto são realidades do dia a dia nesta ilha. Excitante, não?

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terça-feira, julho 15, 2008

nomes

Quando já só faltam 10 dias para a chegada do que passará a ser "o/a mais novo/a", completando desta forma a duplicação familiar, a árdua questão da escolha de um nome volta a assombrar a mente de quem vos escreve. Podia ser o caso que a experiência passada ajudasse, mas aparentemente não. Todo este processo é algo delicado. Da montanha de nomes que há, duas longas listas, é preciso eliminar os que menos se gosta. Depois trocar de listas e riscar os que não que se conseguem pronunciar. Depois, e ainda de listas trocadas, os que não soam bem. Juntando por fim o resultado numa só lista, chega a fase de imaginação, sugestões, combinações e tudo o mais que acabe em ões. A 10 dias o resultado não está famoso e ainda não sai fumo branco. Talvez o melhor agora será esperar e ver o que lá vem. Depois, com a certeza que o famoso envelope nos prometeria, poderemos iniciar o sprint final. Quem esperava encontrar aqui algumas das ideias que temos, as minhas desculpas. O que certamente não acontecerá será como o que aqui se passou há uns meses, segundo me contaram, quando um padre se recusou a baptizar uma menina quando a mãe lhe disse o nome que pretendia dar ao seu rebento: "Mist Eik" [erro/engano]. Dois nomes islandeses perfeitamente normais, mas com uma combinação perigosa em inglês. A mãe terá achado por bem dar um nome muito real ao sucedido. A sorte foi o padre não ser ignorante em inglês e mandá-la arranjar um outro padre que fosse nessa conversa. Por bem da pequena, espero que a piada sem gosto não tenha consigo apoio noutra freguesia. Mantendo a conversa nua, mas numa onda mais sonora, deixo-vos com o mais recente dos islandeses Sigur Rós, Gobbledigook, o primeiro single do novo "með suð í eyrum við spilum endalaust", que é como que diz, "com um zumbido nos ouvidos, tocamos sem parar". Devo dizer que este primeiro excerto é bastante interessante e resulta bem ao vivo, e em seguimento dos excelentes vídeos, este não se fica atrás, mas conta com um formato mais... nudista.

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terça-feira, julho 08, 2008

receita para uma tarde "impec"

Ingredientes:

  • Sol (>10°C)
  • Manta
  • Casaco
  • Óculos de sol
  • "Sandochas"
  • 12 x 0,5L Tuborg
  • Amigos
  • >30.000 desconhecidos
  • Ólöf Arnalds
  • Sigur Rós
  • Björk

Modo de preparação:

Ajustar os óculos de sol. Meter os acessórios e os amigos dentro do carro. Dirigir até ao parque onde os >30.000 desconhecidos se encontram. Se houver mais parques com esta característica, escolher o que tem um palco enorme. Encontrar um espaço na relva. Estender a manta. Sentar no meio. Sentar os amigos de volta. Desbravar "sandochas" e Tuborgs a ritmo adequado. Relaxar e conversar enquanto os concertos não começam, ora sentado ora deitado, usando o casaco como almofada. Alternar para ora sentado ora de pé quando as bandas começarem. Apreciar o som até ao fim. Usar casaco quando necessário.


Reykjavik, 28.06.2008, Náttúra Concert

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