O Blog do Nando

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domingo, junho 29, 2008

la ispianhia

Ganham a quem nos ganha, e ainda por cima são campeões da europa... quem os cala agora?

quarta-feira, junho 25, 2008

mais ursos

Depois do congelamento do mercado de imóveis, do escândalo dos preços do gasóleo, da queda de 30% da coroa islandesa em relação ao Euro e do estado fragilizado da economia, o tema mais quente, ou in se preferirem, do momento são as visitas dos simpáticos ursos. Após duas visitas confirmadas durante este mês, tantas como nos últimos vinte anos, os zés e as marias islandesas entraram em pânico e começaram a alucinar. Se não reparem. No meu último post sobre este assunto referi as pegadas de urso que um turista polaco encontrou. Depois de efectuadas as buscas e analisadas as pegadas encontradas, não se tratou mais do que um (ou mais) cavalos. Ainda estou para descobrir como é que pegadas de cavalos e ursos se confundem.. mas adiante. Ainda esta conclusão não tinha sido bem estabelecida, já havia outro caso. Novamente no norte, na mesma zona onde os outros dois "reais" ursos apareceram, duas senhoras enquanto davam a sua volta matinal depararam-se com uma besta branca. Dadas as suas proporções, assumiram ser um urso, fugiram temendo pelas suas vidas, mas sem antes tirarem uma foto para prova usando o telemóvel. A polícia investigou e só encontrou pegadas de ovelhas. Uma ovelha mais gordita? Certamente. O que me leva a concluir que os islandeses sofrem agora do mesmo problema que o Gabriel tinha há uns tempos. Para ele, todos os animais brancos eram ovelhas.

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segunda-feira, junho 23, 2008

derrota em terceiro grau

Se Portugal ganhou á Turquia, e a Turquia ganhou á Croácia, e a Croácia ganhou á Alemanha, como é que Portugal perde com a Alemanha?

domingo, junho 22, 2008

ora bolas

É pah.. mas que grande futebol de cócó tivemos entre itália e espanha. Com a final desilusão dos emproados ganharem ao fim.. ainda que merecessem. Eu aproveitava esta ocasião para propor á xôra dóna UEFA uma pequena alteração das regras. Assim, num jogo mata-mata, se ambas as equipas não marcarem durante os 120 minutos de jogo, ambas são desclassificadas. Penaltis é para quem se esforçou. E ainda, se o nível do jogo é a rondar o cócó, em que este jogo pode servir como referência, ambas equipas ficam também impossibilitadas de participar no próximo europeu. Vale?

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sábado, junho 21, 2008

e lá vão três...

...passarinhos a voar, um é meu, outro é teu, outro é de quem o apanhar! Este começa a ser um europeu peculiar. Não por nós já termos ido de vela, como é normal, mas sim pelos três vencedores dos grupos terem caído perante segundos-classificados. E o quarto não espera pela demora, pois estou confiante que a Itália, sem fazer grande coisa, lá irá levar a melhor [e que isso sirva aos nuestros hermanos de lição para não festejar a nossa saída do EURO]. A Rússia acabou de dar uma esfrega na Holanda, com grande nível deva-se acrescentar, mandando os grande favoritos desta competição, e com razão pela maneira de como se apresentaram nos jogos dos grupos, para casa sem nenhum caneco. Mas nenhum destes acontecimentos desculpa a nossa fraca prestação. Para isso teremos de perguntar ao mister Scolari porque razão acabamos um jogo, um mata-mata, com apenas um avançado. Talvez a explicação possa começar por aí. Isto especificamente no nosso caso. No geral, parece-me que a vontade ganhou á qualidade, em todos os jogos! Nao basta os jornais dizerem que somos os melhores e por gel no cabelo nos jogos. Também é preciso querer ganhar!

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quinta-feira, junho 19, 2008

sad, but true

(um) Estamos no meio do verão, e hoje aqui quase que nevou. (dois) O urso levou pela mesma medida que os anteriores. Ao que parece, quando a malta para o resgatar o tentou cercar, este não gostou da ideia e começou a dirigir-se de volta ao mar. A polícia não o deixou fugir de vista. Ficou-se sem urso e sem a montanha de dinheiro que custou toda a operação. Como se não bastasse, hoje um turista polaco de visita ao centro montanhoso da ilha, jura a pés juntos que viu uma pegada de urso. Pegada essa que não conseguiu re-encontrar quando levou lá as autoridades. Agora andam helicópteros á procura do autor de uma pegada perdida.. isto bem contado dava uma anedota. (três) Estamos no meio do Europeu de futebol, e Portugal ao seu nível de sempre já arrumou as botas. O futebol é isto mesmo, são onze para cada lado e a bola é redonda, daí que por vezes as melhores equipas acabam por perder. Acontece a todos. O curioso é que a nós é sempre! Com ou sem melhores jogadores do mundo, com ou sem plantel de qualidade individual de fazer inveja, com ou sem jogadores com a cabeça a fazer contas se devem ou não mudar de clube, com ou sem treinadores que acham que as distracções sobre as trocas de clube devem ficar para depois mas que assim que se despachar do euro o chelsea é que é, com ou sem defesa, com ou sem guarda-redes que não sabe sair ás bolas, com ou sem golos mal anulados, penaltis por marcar e empurrões do Ballack para marcar o terceiro, com ou sem coincidência de por duas vezes seguidas perdermos um jogo e no seguinte sermos cilindrados pelos alemães. Sempre! O pior é que isto da bola, é algo que transcende o esférico em si. A bola é das poucas coisas que nós, os que estamos cá fora, podemos usar para responder a questões difíceis, tal como, pah nós temos um sistema de ensino fantástico, ou ainda, desemprego no mínimo e qualidade de vida no máximo, que levam logo com o ás de trunfo, ensino? qualidade de vida? nós temos o melhor jogador de futebol do mundo! Ele é que te pode ensinar.. esse senhor sua qualidade! Mas que no fim nos deixa sempre de mãos vazias. Acabamos sempre por perder a resposta eficaz que nos salva de tudo e todos, restando-nos apenas um abanar de cabeça com um pois, já ouvi dizer, é mesmo fixe. O certo é que amanhã o cachecol fica em casa. Já não apanho mais frio por andar de casaco aberto para o mostrar. Ao menos isso.

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quarta-feira, junho 18, 2008

proud to help!

segunda-feira, junho 16, 2008

época d'ursos

Não, não, embora possa parecer, ainda não é desta que venho falar da bola e das nossas belas exibições perante os olhos do mundo, como aquela contra a grande selecção da suíça. Ao que parece, a época balnear para a categoria de ursos está oficialmente aberta. Acontece que chegou mesmo há pouco outro urso, vindo directamente do circulo polar árctico, sem passar pela casa da partida e ainda sem receber o respectivo chumbo. Parece que este urso terá mais sorte que os anteriores, caso se porte bem até amanhã. É que só por causa dele vêm da dinamarca uns senhores, especialistas em ursos, para o transportar de volta a casa. Se tudo correr bem, estará de volta ao seu pedaço de gelo por volta da hora de jantar, ainda a tempo de ver a eliminação da frança e da italia! Mas para que tal aconteça, o jovem urso terá de se comportar melhor do que o seu nome sugere. É que a polícia já o cercou e caso ele tente esticar as pernas num passeio além limites, vai parar ao mesmo contentor que o seu parceiro de há duas semanas atrás. Entretanto, uma vez que atracou perto de uma quinta, tem-se alimentado de ovos de umas aves que por ali tinham o ninho, intervalando para dormir, o que não admira após nadar 300 quilómetros. Agora a ver se não lhe apetece ovelha ou cão para o pequeno-almoço! Mas o grande problema é que tudo isto custa. E não custa pouco, não estivéssemos nós na islândia. Estima-se que serão precisos algumas dezenas de milhares de euros para a operação resgate do soldado urso. O estado não deveria estar muito inclinado para abrir a carteira quando um punhado de balas se arranja ao preço da chuva, mas a sorte esteve do lado do urso quando o homem mais rico da islândia, um dos 100 mais ricos do mundo, se ofereceu para pagar a conta. Ó amigo, e uma casinha aqui para a gente, não se arranja?

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terça-feira, junho 10, 2008

dois

Ao telefone [prenda de natal da tia e do Jorge, que diz os números que são pressionados, entre outras coisas, em português e inglês], com a versão inglesa seleccionada:

carrega no número 2
Telefone: Two.
Gabriel: Nei.. dois.

carrega no número 2
Telefone: Two.
Gabriel: Nei!! Dois!

carrega no número 2
Telefone: Two.
Gabriel: Neeeeeiiiii!!! DOIS.

carrega no número 2
Telefone: Two.
Gabriel: Nei nei nei nei nei. DOOOOIS!

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quinta-feira, junho 05, 2008

opinião da semana

Nas minhas leituras diárias da blogoesfera, encontrei esta relíquia num blogue que já sigo há bastante tempo:

"O Rock in Rio não é um festival, é a Disneylândia. É o Noddy on Ice mas sem gelo. É uma matiné numa discoteca para cotas. É uma merda, francamente.

Tal como os U2 são a banda preferida de toda a gente que não gosta de música, o Rock in Rio é o festival de quem não gosta de concertos."

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terça-feira, junho 03, 2008

chumbo


Os ursos polares são criaturas fantásticas. Tanto pela sua aparência como pelas suas capacidades. São os maiores carnívoros terrestres, vivem durante 20 anos e têm à volta de 4-5 oportunidades de se reproduzir em toda a sua vida. Isto torna-os numa espécie que não se multiplica de um dia para o outro. Infelizmente muitos de nós gostam mais deles como tapetes, e talvez haja também quem goste deles com batatas a murro, o que os mete na longa lista de animais em extinção. São também excelentes nadadores, podendo nadar distancias de 300km. Mais ou menos a distância entre a Gronelândia e a Islândia. Nos últimos 20 anos, houve três casos de ursos polares aparecerem por estas bandas. Poderiam vir como turistas, mas por vezes a procura de alimento leva-os a novos locais, ou ainda poderiam apenas estar no iceberg errado à hora errada e ter acabado essa viagem aqui. O certo é que vieram cá ter, pois cá não os há. E o que faz o jovem islandês perante tal fantástica inesperada visita? Dá chumbo neles. Como dá chumbo em qualquer outro animal. Mexe? Chumbo! Não há cá acções diplomatas ou convites para um café. É pega lá por seres urso de vires aqui ter. Chumbo! Certo que são animais selvagens e que vêem o homem como uma presa. Mas há alternativas. Mandá-lo de volta, o que certamente custaria algo ao estado, mas pelo bem da espécie seria uma boa acção, ou ainda arranjar um espaço selvagem onde pudessem ser colocados e preservados. Ganhavam eles, os ursos, e ganhavam os da terra que para além de poderem mostrar as baleias aos turistas, que também estas levam chumbo, teriam dessa forma mais uma atracção. Sem fazer disto um circo ou uma jaula. Mas, o terceiro exemplar que deu à costa dos últimos 20 anos, foi um macho de apenas 2 anos de idade. Hoje. E embora um helicóptero tivesse sido enviado aquando da noticia com gente armada de tranquilizadores e provavelmente de boas intenções, as autoridades locais não se deram ao luxo de esperar. Apesar do bicho não ter ameaçado ninguém, provavelmente estaria tão surpreendido como os habitantes da pequena localidade, foi (também) abatido sobre a desculpa de que não o podiam perder de vista. Chumbo! E mais chumbo! A única coisa que me apetece dizer é shame on you!

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domingo, junho 01, 2008

gelatina

São onze da noite. Enquanto escrevo estas palavras, o sol começa a esconder-se por detrás das montanhas que se estendem até ao Atlântico, onde, em coisa de mês e meio, será o lugar onde se esconderá por breves momentos. Agora desaparece dos céus por umas três horas. Durante esse tempo, continua pleno dia. Embora já bem habituado, estes longos dias e estes pôr-do-sol magníficos continuam a maravilhar-me. É caso para dizer que uma imagem vale mais que mil palavras. O que eu vinha dizer também tem a ver com uma maneira que a natureza tem para nos surpreender. É que, para alternar o já monótono e aborrecido tema dos telejornais, sendo este o estado da economia e do mercado de imóveis, a natureza teve de intervir. Por forma de um terramoto no sul do país, que marcou 6.7 na escala de Richter, valor pelo qual seria de esperar qualquer tipo de tragédia. Mas não. Com apenas uma fatalidade e alguns feridos ligeiros, pouco mais se passou que não um valente susto. A fatalidade foi uma ovelha, que por falta de sorte levou com uma parede em cima. Alguns estábulos e afins ruíram, algumas casas sofreram rachadelas, algumas estradas separam-se e um bom pedaço de terra abriu-se no meio de um prado. Apesar de nada de grave ter acontecido, muito devido à maneira como as casas são construídas, já a contar com este tipo de eventos, isto deu pano para três dias de conversa e notícias em formato especial. Quando perguntei qual a sensação a conhecidos que estavam em Reykjavik durante o acontecimento, a resposta foi: "parece que estava em cima de gelatina." Mas ao que parece, hoje já passou à história. E regressamos à economia, aos imóveis que não se vendem, aos preços que sobem, ao apuramento da selecção islandesa de andebol aos jogos olímpicos e pouco mais. No entanto, reparei num pormenor bastante interessante enquanto se falava nestes terramotos. Se clientes assíduos, devem lembrar-se de um post há uns meses atrás sobre o registo de vinte-a-trinta terramotos, dos nenés, por dia em todo o país, devido à localização da islândia sobre as duas placas continentais, a da américa e a da europa, que tendem em movimentar-se em sentido opostos, cada um para o lado com o seu nome, causando os ditos tremelicos. Mas os maiorzinhos, como o da passada quinta-feira, esperados a cada vinte anos, fazem com que a islândia vá crescendo. É certamente coisa pouca e muito infrequente, mas a ponta este e a ponta oeste estão cada vez mais distantes uma da outra. Poder-se-á dizer que este é um país literalmente em crescimento.

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