O Blog do Nando

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sexta-feira, agosto 31, 2007

walking on my shoes



É oficial, o pequeno Gabriel começou a andar. Já há algumas semanas que caminha seguro pelas minhas mãos, ou da Hrönn. Nestes últimos dias decidiu experimentar sozinho. Um pouco atabalhoado ao inicio, mas aos poucos foi-se desprendendo e hoje já anda de um lado para o outra da casa sem ajudas. Ainda não está tudo sobre controlo. Virar e inverter a direcção está quase. Recuperar o equilíbrio depois de ganhar um pouco de velocidade a mais ainda é um problema. Daqui a nada está a conduzir-nos para lares de terceira idade...


It's official, the little Gabriel started to walk. For a few weeks ago that he has been walking holding my hands, or Hrönnn's. However, this last few days he has decided to try it out by himself alone. Started a bit clumsy, but day by day he started to become more independent and today he's walking from one side of the house to the other without any help. Not everything is under control yet. Turning and inverting the direction is almost. Getting the balance back after gaining a bit more speed is still a problem. Soon he'll be driving us to elderly homes...

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terça-feira, agosto 28, 2007

aren't we shaky?



Estava a trabalhar. Ombros apoiados sobre a mesa. Cabeça apoiada na mão direita. Mão esquerda a bater o ritmo da música na mesa. Matutava sobre como havia de resolver o problema que tinha à minha frente. Nada que o caro leitor esteja interessado em saber. Quando, sem sequer pedir licença para começar, se manter por uns míseros segundos, nem para terminar, a cabeça treme suavemente. Mas não sem antes o braço que a apoiava bambolear tremelicadamente, como se tivesse vergonha de tal acção. Não era preciso ser doutor para apontar o dedo pesado da culpa à mesa pelo desacato na minha concentração. Esta ainda teve a lata de passar a batata quente ao chão. Na dúvida, pedi palavra aos pés, confirmada prontamente. Também estes sentiram o ligeiro formigueiro. Ainda sem o culpado atrás de grades, e pimbas, sou agitado mais uma vez. E outra logo de seguida. Cô'a breca! Pergunto a quem à minha frente estava: Isto tá tudo a tremer ou o vinho do almoço 'tava mais carregado qu'o costume?, ao qual me responde: Não dei por nada, mas vai a esta pagina e já ficas a saber. Fui à tal página e confirmei as minhas dúvidas. A culpa era mesmo do chão! Essa danado para a brincadeira queria pregar-me uma partida, pensei eu, prestes a dar-lhe uma boa sapatada, já com a desculpa de que tinha sido empurrado pela música na ponta da língua. Mas a página impediu-me de o fazer. Pois explicou-me que afinal o chão só fez o que faz todos os dias. Aquele tique nervoso, como de quem quer enxotar as pulgas de cima do lombo. Com o negócio em bons termos novamente, retornei à obra, a roer no tal problema. Em nota da rodapé, só hoje entre as 2:30 AM e as 9:44 PM houve 29 tremores de terra, sendo o mais fraco de 0.9 e o mais forte 2.2 na escala de Richter. Quase que dá para dizer que aqui não é preciso saber dançar para andar sempre no ritmo.


I was at work. Shoulders on the table. Head supported by my right hand. Left hand beating the rhythm of music on the table. I was thinking about the way I was going to solve the problem I had in front of me. Nothing that the dear reader is interested in knowing. When, without asking for license to start, to keep for a few short seconds, nor to finish, my head trembles softly. But not before the arm that supported it swing shiveringly, as of shame of such action. It was not needed to be doctor to point the heavy finger of guilt to the table for the disregard in my concentration. Which still had the coldness to pass the hot potato to the ground. In the doubt, I asked for a word to the feet, confirmed readily. They had also felt the fast creeps. Still without the culprit behind bars, and bang, I am agitated one more time. And other soon followed it. What t'hell!? I ask to whom was in front of me: Is everything trembling or was the wine at lunch more loaded than usual?, which answered me: I didn't notice a thing, but go to this page and confirm your suspicious. And so I went to the that page and there I confirmed my doubts. The guilty was the ground indeed! This fool wanned to play a trick on me, I thought to myself, so I prepared myself to beat it once with my foot, already with the excuse, of that I had been pushed by music, on the tip of my tongue. But the page hindered me to do it. It explained me that after all the ground had just made what it makes every day. That one nervous movement, as of one who wants to throw away the fleas from above one's back. With the business in good terms again, I returned to work, to gnaw in my problem. In a footnote, today between 2:30 AM and 9:44 PM there were 29 small earthquakes, being the weakest of 0.9 and strongest 2.2 in the scale of Richter. I could almost say that here you don't need to know how to dance to be in the rhythm.

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quarta-feira, agosto 22, 2007

tem um lugar para mim?



Fiquei hoje a saber o salário mensal do director de um dos bancos d'aqui, assim a modos de corroborar a ideia "monetária" dos bancos que referi no post anterior. Então, sem mais demoras, este senhor recebe a modesta quantia de 772.500 euros por mês!! Eu sempre pensei que para receber quantias deste género fosse só para casos excepcionais, como por exemplo saber dar um xuto numa bola! Mas afinal não, pessoas "normais" também conseguem. Peço muito encarecidamente ao tal dito cujo senhor que, quando se cansar de encher o bolso, me deixa dar uma voltinha.. uns mesitos apenas.. tá?

Em resposta ao André: és bem capaz de ter razão.. nada melhor que uma vida descansada na terrinha,sem stresses, sem pressas e repleta de qualidade!! Vou tomar isso em consideração ;)



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segunda-feira, agosto 20, 2007

o emprego certo



Como sabemos que estamos no emprego certo? Será uma coisa que se sente, pelo prazer que temos ao efectuar as funções que nos são atribuídas? Mas não haverá espaço para dúvidas? Até um certo ponto, penso que sim. Eu, por exemplo, tenho dúvidas! Estou num emprego que não está muito ligado à minha área de especialização, se é que posso utilizar chavões destes, mas que, no entanto, me agrada fazer e, até agora, tenho aprendido bastante. Incluído neste emprego está uma pequena equipa, os meus colegas, que, por coincidência, por consequência ou pela minha falta de experiência em conhecer diferentes ambientes de trabalho em outras empresas, são de um nível genial. Então, tudo somado e bem espremido temos um escritório onde reia o bom ambiente, sempre a postos para uma boa gargalhada, e onde se respira talento na matéria. Então onde estão as dúvidas? Podemos dividi-las em categorias. Se o interesse for uma carteira mais cheia ao fim do mês, então um emprego no banco é a escolha certa, elevando o salário de uma forma considerável. É incrível o que os empregados do banco recebem aqui. Só para terem uma noção, o dinheiro nos bancos é tanto que no fim do ano cortam uma parcela dos ganhos e dividem-na por todos os empregados, dando uma bela quantia de 5.000 euros a cada. Toma lá pró Natal, ó amigo, mas não gaste tudo antes do jantar, tá? Mas trabalhar para um banco é, diz quem sabe, aborrecido. Não é um trabalho excitante, mas apenas aliciante pelo salário. Se o interesse é em trabalhar mais na área a que dediquei alguns anos de faculdade, poderia então mudar para uma das empresas que estão mais viradas para aí. Uma das quais ofereceu-me emprego pouco depois de ter aceite trabalhar onde estou agora, mas que acabei por recusar por me ter agradado mais o ambiente que presenciei nesta empresa aquando da entrevista. Talvez uma escolha errada. Mas sempre a tempo de a emendar. Por fim, seria considerar mudar de poiso e assentar arrais noutro lugar. Quero com isto dizer, deixar de pensar muito no emprego e no prazer que me dá fazer isto ou aquilo e aceitar uma coisa mais modesta numa cidade mais pequena. E ao dizer "uma coisa mais modesta" posso estar muito enganado, pois como saberei eu se um grande emprego não estará escondido num recanto perdido? Poderia até ficar bem surpreendido, certamente. E com a vantagem de que consequência de viver numa cidade mais pequena, o nível de vida sobe consideravelmente. Talvez neste aspecto nem todos concordem comigo, mas como moço que cresceu numa vila transmontana e que sabe a diferença entre jogar à bola no lameiro ao fundo da rua ou ter que marcar hora no pavilhão da CDUP e conduzir mais de meia-hora para lá chegar. Daí que, sendo possível, gostaria também de providenciar tal ambiente ao pequeno Gabriel. Também, a vida numa cidade pequena é mais calma, sem stress, menos poluição, sem trânsito e tudo fica a 5 minutos. É morar numa casa com jardim e espaço para o cão ou num apartamento atolado e sujeito à surdez dos vizinhos. E cá está, todas opções válidas. Agora o que fazer da vida...?



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terça-feira, agosto 14, 2007

ouch...



No Sábado passado, aqui em Reikjavik, houve uma Gay Parade. Embora curioso por assistir a tal evento, fiquei por casa durante parte do dia com umas sobras de trabalho. Por volta das 6 fui `a piscina relaxar um pouco com a família e, a caminho desta, o senhor locutor da radio diz: "nunca antes esteve tanta gente na baixa de Reykjavik". Ouch!

Ao mesmo tempo, no mesmo dia, mas num local diferente, bem no norte do mesmo país, da mesma ilha, mais de 40 mil pessoas participavam na festa do peixe, festa esta que sem mais nem porquê dá de comer peixe, toneladas dele, de todas as cores, tamanhos e feitios, a todos que por lá aparecerem. Isto é que é ser mãos largas.

Rivalidades entre Norte & Sul? Enquanto que a Sul se passeiam celebrando o ser diferente, a Norte alimentam-se "até lhe chegar com um dedo" celebrando o fruto do mar.


Past Saturday, here in Reykjavik, there was a Gay Parade! Although curious to assist a such event, I stayed at home for most of the day with some work left-overs. Around 6 o'clock went to relax to the swimming pool with the family and, on the way, the radio speaker guy says: "Never before were so many people down town!". Ouch!

At the same time, in the same day, in a different location, very much in the north of the same country, of the same island, over than 40 thousand people got together for the fish party, which no explicit reason feeds fish, tons of it, of all colors, sizes and shapes, to everyone that shows up. Generous town you may say...

A bit of North & South competition? While in the South all queers walk the streets shouting out loud how nice and cool is to be different, up North a small town feed the hungry and the non-hungry celebrating the sea fruits.

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