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sábado, abril 29, 2006

passo a palavra..



A enormidade de trabalhos a realizar nas proximidades de um fim de semestre é sempre estonteante, que somado com a preparação para exames que também estão ao virar da esquina do tempo, elevam a sanidade mental de qualquer alma a um exponencial vertiginoso.

Por estas razões e também por uma deslocação à ilha do gelo em momento inoportuno, passo a palavra a quem dela tem o dom. A seguinte crónica é da autoria do Nuno Markl, no Há vida em Markl de 15.11.2005. Em prol do nosso fantástico Jet7!

"Johannes Gensfleisch Zur Laden Zum Gutenberg. Nascido
em 1398. Presume-se que tenha falecido a 3 de
Fevereiro de 1468. Um operário metalúrgico e inventor
alemão, a quem se deve, na década de 1440, a invenção
da imprensa. O poder da criação de Gutenberg seria
demonstrado em 1455, ano em que o inventor editaria a
famosa Bíblia em dois volumes.

Sim, a Bíblia de Gutenberg tornou-se num marco notável
na História das palavras impressas. Até ao passado
fim-de-semana.

No passado fim-de-semana, o semanário português O
INDEPENDENTE publicou, discretamente, no seu
suplemento VIDA, uma coluna de opinião da autoria de
Catarina Jardim. Quem é Catarina Jardim? Nada mais,
nada menos do que a popular Pimpinha Jardim. Que fica
desde já a ganhar a Gutenberg neste ponto – Gutenberg
não tinha nenhum nome de mimo. Ele era capaz de gostar
de ter um nome de mimo – não deve ser fácil ser
Johannes Gensfleisch Zur Laden Zum Gutenberg – mas
creio que ainda não era muito comum, na Alemanha do
século XV, atribuirem-se nomes de mimo. Muita sorte se
alguma das namoradas lhe chamou alguma vez JOGU, o
único diminutivo aceitável de Johannes Gutenberg. E
mesmo assim não é muito aceitável, porque soa
demasiado próximo a iogurte, e isso é uma indústria
completamente diferente daquela na qual Gutenberg se
movia.

Voltemos então a Catarina Jardim e à sua coluna no
jornal. O título do artigo é TODOS A BORDO, e trata-se
– como o nome indica – de um relato detalhado sobre um
cruzeiro a África que a jovem fez.

Ela diz, no início "O cruzeiro a África foi uma
loucura, pode mesmo dizer-se que foi o cruzeiro das
festas – como alguns dos convidados chamavam ao navio
em que Luís Evaristo nos presenteou com MAIS UM BeOne
on Board". Gosto da maneira como ela fala, sem
explicações nem perdas de tempo, de pessoas e
iniciativas sobre as quais boa parte dos leitores não
faz a mínima ideia quem sejam ou no que consistem.
Nada contra – isto faz com que qualquer leitor se
sinta cúmplice e rapidamente imerso no universo
Pimpinha. Adiante.

Ficamos a saber que ela esteve em Tânger, e que a
experiência foi, possivelmente a mais marcante da vida
desta jovem. Passo a ler o que ela escreve:

"Tânger é bastante feia, muito suja e as pessoas têm
um aspecto assustador."

Nunca fui a Tânger, mas já fui a sítios parecidos e
subscrevo inteiramente as palavras de Pimpinha.
Malditas pessoas pobres, que só estragam o nosso
planeta com a sua sujidade e o seu ar assustador! É
preciso ser-se mesmo ruim para se escolher ser pobre,
quando se pode ser tão limpo e bonito. Quando se pode
ser, em suma, rico.

Eu penso que a Pimpinha acertou em cheio na raiz de
todos os problemas mundiais da pobreza. Andam
entidades a partir a cabeça em todo o mundo a pensar
nisto, andou a Princesa Diana a gastar tantas solas de
sapatos caros a visitar hospitais, capaz de apanhar
uma doença, quando nós temos a Pimpinha com a solução.
Se calhar basta lavar estas pessoas, e talvez –
acompanhem-me neste raciocínio; Pimpinha vai ficar
orgulhosa de mim – se calhar basta lavar estas
pessoas, e em vez de gastar rios de dinheiro a mandar
comida para África, porque não os Médicos Sem
Fronteiras passarem a andar munidos de botox. Botox!
Reparem: não é fazer cirurgias plásticas a toda esta
gente feia que vive nestes países, porque isso seria
demais. Mas, que diabo – botox? Vão-me dizer que não é
possível ir de vez em quando a estes sítios e dar
botox a estas pobres almas? Como o mundo ficaria mais
bonito.

Adiante. Pimpinha desabafa, dizendo, sobre as pessoas
de Marrocos, "apesar de já ter viajado muito, nunca
tinha visto uma cultura assim – e sendo eu loura, não
me senti nada segura ou confortável na cidade".
Talvez. Mas vamos supor que trocavam Pimpinha por,
vamos supor, 10 mil camelos. Era um bom negócio para o
Independente. Dos 10 mil, escolhia, vamos lá, 2 para
passar a escrever a coluna – o que poderia trazer
melhorias significativas de qualidade – e ainda ficava
com 9 mil 998. O que, tendo em conta que Portugal está
a ficar um deserto, pode vir a revelar-se um
investimento de futuro.

Pimpinha prossegue: "Já em segurança, animou-me a
festa marroquina, com toda a gente trajada a rigor".

Suponho que, para a Pimpinha Jardim, "uma festa
marroquina com toda a gente trajada a rigor", tenha
sido assim tipo uma festa de Halloween, tendo em conta
que os marroquinos são – como a colunista diz umas
linhas acima – gente feia como nunca se viu.

Adiante. Ela diz: "A seguir ao jantar, mais um festão
que voltou a acabar de madrugada". Calma –
esclareçam-me só neste aspecto, para eu não me perder.
Portanto, houve uma festa, não é? E a seguir, outra
festa. OK. Uma pessoa corre o risco de se perder
nestes cruzeiros, com toda esta variedade de coisas
que acontecem.

Diz Pimpinha: "Desta vez não deu mesmo para dormir já
que fomos expulsos dos camarotes às 9 da manhã, para
só conseguirmos sair do navio lá para as 14 horas.
Tudo porque um marroquino se infiltrara no barco e
passara uma noite em grande, uma quebra inadmissível
na segurança".

Ora bom. Ora bom, ora bom, ora bom, ora bom.

Portanto, aqui a questão é: viagens a Marrocos e
festas com pessoas vestidas de marroquinos, tudo bem.
Agora, se pudessem NÃO ESTAR LÁ os marroquinos, isso é
que era jeitoso. Malditos marroquinos, sempre com a
mania de estarem em Marrocos. E como é que acontece
esta quebra de segurança? Eu compreendo o drama de
Pimpinha. É que o facto da segurança deixar entrar um
estafermo marroquino vestido de marroquino, numa festa
com gente bonita vestida de marroquina, isso só vem
provar que, se calhar, os amigos da Pimpinha não são
assim tão mais bonitos do que essa gente feia de
Marrocos. E isso é coisa para deixar uma pessoa
deprimida. Temos nós a nossa visão do mundo tão
certinha e de repente aparece um marroquino e uma
brecha na segurança… Enfim – nada que uma ida às
compras não resolva, ao chegar a Lisboa, certo,
Pimpinha?

Adiante. Diz Pimpinha: "Já cá fora esperava-nos um
grupo de policias com cães, para se certificarem de
que ninguém vinha carregado de mercadorias ilegais – e
não sei como é que, depois de tantos avisos da
organização, ainda houve quem fosse apanhado com droga
na mala!"

DROGA? NUMA FESTA DO JET SET PORTUGUÊS? NÃO! COMO?
NÃO. Recuso-me a acreditar. Deve ter sido confusão,
Pimpinha. Era oregãos. Era especiarias.

Pimpinha Jardim declara: "Mas o saldo foi bastante
positivo. Aliás, devia haver mais gente a arriscar
fazer eventos como estes".

Gosto desta Pimpinha interventiva. Sim senhor, diga
tudo o que tem a dizer. Faça estremecer o mundo. E com
assuntos que valham a pena. Aliás, era capaz de ser
uma boa ideia escrever um e-mail ao Bob Geldof a
tentar fazê-lo ver que essa história de organizar
concertos para combater a pobreza em África… Para quê?
Geldof devia começar era a organizar concertos para
chamar a atenção do mundo para a falta de cruzeiros
com festas. Isso é que era. Mania das prioridades
trocadas. Que maçada.

Mesmo no final, a colunista remata dizendo: "Devia
haver mais gente a arriscar fazer eventos como estes –
já estamos todos fartos dos lançamentos, "cocktails" e
festas em terra".

Aprecio aqui duas coisas: a utilização do "já estamos
todos", como se Pimpinha voltasse a acolher o leitor
no seu regaço como que dizendo: "Sim, tu és dos meus e
também estás farto de lançamentos, 'cocktails' e
festas em terra. Excepto se fores marroquino, leitor.
Se for esse o caso, por favor, exclui-te deste 'todos'
ou então vai tomar banho antes, e logo se vê".

Depois, é refrescante saber que Pimpinha está farta de
lançamentos, 'cocktails' e festas. Eu julgava que nos
últimos dias a tinha visto em cerca de 250 revistas em
lançamentos, 'cocktails' e festas, mas devia ser outra
pessoa. Só pode ser. Confusões minhas.

Em suma: finalmente, há outra vez uma razão para ler O
INDEPENDENTE todas as semanas. Tardou, mas não falhou.
Pimpinha Jardim é a melhor aquisição que um jornal já
fez em toda a História da Imprensa mundial."

terça-feira, abril 25, 2006

romeu + julieta (parte III)



Cena 7
Na rua.

Baltazar: Romeu? Romeu? Já soube o que aconteceu? Sobre a morte de Julieta?
Romeu: Não, ainda não vi o telejornal nem li os jornais de hoje! Espera lá, como é que é? A Julieta morreu?
Baltazar: Sim, senhor! O carro fúnebre saiu há pouco da casa dos Capeletti!
Romeu: Oh! Meu Deus! Isso não pode ser verdade... não pode ser verdade...
Baltazar: Mas é...
Romeu: Claro que eu sei que é verdade, imbecil! Estou só a dramatizar a minha fala!

Cena 8
No túmulo dos Capeletti, Romeu entra e vê o corpo de Julieta.

Romeu: Oh! Destino cruel, o que eu fiz para merecer tamanha maldição? Minha amada Julieta jaz desfalecida para sempre. Nunca mais vou poder sorver o néctar de seus lábios, nunca mais vou ouvir o doce murmúrio de sua voz, nunca mais vou poder tocar os seus cabelos macios, nunca mais sentirei o seu perfume... a minha vida sem ti não vale nada...oh! minha Julieta!! E eu que já tinha marcado a viagem para Frankfurt na Ryanair com os trocos que ganhei no campeonato de berlinde...

Romeu tira um frasco da algibeira (naquela época não existiam bolsos) e bebe o seu conteúdo.

Romeu:
Quero ir para junto de ti, minha amada!

E o seu corpo tomba ao lado de Julieta.

Cena 9
Minutos depois Julieta acorda ao lado de Romeu e começa a abaná-lo.

Julieta: Acorda, Romeu! Acorda! Chega de fazer teatro! Levanta-te, vamos casar e viajar para Hollywood ou Frankfurt já que tens os bilhetes! Romeu... Romeu... Ro... Oh! Meu Deus, ele está morto! O príncipe da minha vida está morto! Que desgraça! Como é que isso aconteceu?

Ela vê o frasco caído no chão e apanha-o.

Julieta: Tomou isso, meu querido? E não deixou nem uma gota solidária para mim? (ela roda o frasco) Coca-cola?!? Mas, isso é um veneno!!!

Desce o pano!

Os actores fazem uma vénia perante o público que aplaude freneticamente de pé!

CRÉDITOS
-
Romeu - Romeu
Julieta - Julieta
Porteiro - Romeu

Frei Lourenço - Frei Lourenço
Baltazar - Frei Lourenço
Capeletti - Frei Lourenço

Tebaldo - Romeu

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Nando (o do blog)

sábado, abril 22, 2006

romeu + julieta (parte II)



Retomamos o palco.. silêncio!


Cena 4
De madrugada. Romeu invade o quarto de Julieta.

Julieta: (grita assustada) Ahhhh.. quem vem lá?
Romeu: (da penumbra) É o monstro das bolachas.. buuuuu..
Julieta: Oh! Romeu! Que susto... Acho que você está a arriscar muito ao vir aqui! Mas ainda bem que veio... (frente a frente) “Monstro das bolachas”?? Como se lembrou dessa?? Você não perde uma oportunidade para fazer uma piada!
Romeu: Não sou eu! É o quem escreve este texto!
Julieta: Não podemos ficar aqui... se meu pai sabe que aqui está... Será que nós poderíamos fugir?
Romeu: Fugir? Fugir para onde?
Julieta: Sei lá... para algum lugar onde ninguém nunca nos fosse procurar...
Romeu: Então tem que ser um lugar bem insignificante...
Julieta: Concordo... Já sei! Poderíamos ir para Portugal!
Romeu: Mas nós já estamos em Portugal!
Julieta: Deixa de ser idiota, Romeu! Nós estamos em Verona, na Itália!
Romeu: Então porque é que estamos a falar português?
Julieta: Porque quem escreve o texto não sabe italiano!!!
Romeu: Pois.. mas..
Julieta: O que é?
Romeu: Acho que não vai dar para nós fugirmos!
Julieta: Você está com medo!!
Romeu: Não é nada disso! Ora veja: nós agora estamos na Internet, e a Internet é um mundo virtual, e um mundo virtual não existe fisicamente em lugar nenhum. Então podemos concluir que, se nós não moramos em lugar nenhum como é que nós poderemos ir para outro lugar?
Julieta: Não entendi nada!
Romeu: Eu também não, mas foi esse o texto que me deram para decorar!

Cena 5
Dia seguinte, no jardim dos Capeletti.

Romeu: Porque chora?
Julieta: Oh! Romeu, não pode imaginar a desgraça que me aconteceu... Meu pai arruinou a minha vida! Vou ter de me casar no próximo sábado com um dos filhos da família dos Talharim!
Romeu: Mas que desgraça!
Julieta começa a soluçar.
Romeu: (desiludido) Logo este sábado que é a decisão do campeonato!

Cena 6
Na cela do Frei Lourenço.

Julieta: Frei, preciso da sua ajuda. Meu pai marcou meu casamento para o próximo sábado com um dos filhos da família dos Talharim.
Frei Lourenço: Meus parabéns, minha filha! Isso é óptimo!
Julieta: Mas eu não gosto dele, Frei! Eu amo o Romeu!
Frei Lourenço: O Romeu? Da família dos Raviolli? Mas ele é o seu inimigo!
Julieta: Ah!, Frei! Se um inimigo nos trata dessa maneira, como deveriam ser os amigos?
Frei Lourenço: E o que você pretende fazer, minha filha?
Julieta: Qualquer coisa, menos casar com um Talharim! Se ainda fosse para casar com um Spaghetti, eu até não me importava! Os Spaghetti são finos enquanto que os Talharim são chatos.
Silêncio por alguns instantes.
Frei Lourenço: Já sei!! Encontrei a solução! Vou-lhe dar um remédio que a fará dormir profundamente. Deverá tomá-lo no dia anterior ao seu casamento e assim todos vão pensar que morreu. No dia seguinte, ressuscita e casa-se com esse tal de Romeu.
Julieta: Será que vai correr bem, Frei?
Frei Lourenço: Não, claro que não vai dar certo! Esta é uma ideia sem pés nem cabeça, mas Shakespeare não conseguiu outra melhor!

E temos mais um momento de compromissos publicitários... não percam a próximo cena, que nós também não!

quinta-feira, abril 20, 2006

romeu + julieta (parte I)



Toda a gente conhece o drama “Romeu e Julieta” do William Shakespeare.
Pois, na verdade não é bem do senhor William. É uma adaptação do poema narrativo de Arthur Brooke, que por sua vez deriva de uma história adaptada por Matteo Bandallo, mas original de Masuccio Salernitano. Cada um deu um “jeito” nas personagens e no local onde tudo acontece. Mas a história de amantes com destino trágico ficou.

Como toda esta gente remodelou a famosa história, permitam-me que contribua de igual forma.

Romeu + Julieta – director's cut
Cena 1
Casa dos Capeletti: entrada para o baile.

Porteiro: Quantos anos tem a senhorita?
Julieta: Quatorze!
Porteiro: Desculpe-me, mas esse baile é proibido a menores de 18.
Julieta: Mas eu tenho que entrar, hoje eu vou conhecer o meu Romeu!
Porteiro: Sinto muito, mas vai ter de esperar cá fora por ele!
Julieta: Ai é? Pois saiba que eu já sou bastante amadurecida, já sei fazer tudo o que uma mulher adulta faz! Sei lavar, cozinhar, passar, bordar...
Porteiro: OK! Já me convenceu, pode entrar!

Cena 2
Romeu aproxima-se de Julieta.

Romeu: A senhorita gostaria de me dar o prazer de me acompanhar nessa dança?
Julieta: Eu não danço com crianças!
Romeu: Sinto muito, não sabia que estava grávida!
Julieta: Essa piada além de velha, não tem a mínima graça!
Romeu: Foi você que começou!
Julieta: Mas que raio de texto este...
Romeu: Não diga isso, esse texto foi escrito pelo grande William Shakespeare!
Julieta: Grande coisa!
Romeu: Sua ingrata! Pois saiba que, se não fosse por ele, você não existiria.
Julieta: E eu quê...
Romeu: Ahh.. mas que mau feitio tem a pirralha...
Julieta: Pirralha é a sua mãe!! Fique sabendo que eu já tenho 14 anos.
Romeu: Pois pois, eu sei...
Julieta: Como sabe? Eu nunca lho disse!
Romeu: Mas disse ao porteiro quando entrou no baile!
Julieta: Você é o porteiro?
Romeu: Claro, ou você acha que O Blog do Nando tem dinheiro para esbanjar em tantos personagens! (pausa) A propósito, você é muito mais bonita no livro do que ao vivo!
Julieta: Ora, cale-se Romeu! Você também não é lá grande coisa e saiba que antes do galo cantar três vezes, você ainda vai morrer de amor por mim!
Romeu: Isso é que não está bem!

Cena 3
Tebaldo aproxima-se de Capeletti.

Tebaldo: Senhor meu tio, aquele sujeitinho que dança com Julieta não é um dos filhos do Raviolli?
Capeletti: Sim, acho que sim!
Tebaldo: Mas que ousadia, o filho de seu maior inimigo vem a sua casa afrontar-nos! Quer que tratemos dele?
Capeletti: Não, não... calma! Pelo olhos dele, vejo que se está a ficar enamorado por Julieta. Ao cair nas mãos dessa pequena víborazinha ele vai ter o fim que merece!

E fazemos agora um intervalo para publicidade, descanso dos actores, e permitir as senhoras irem à casa de banho por pó no nariz e aos senhores comprar um gelado ou uma bebida de cápsula no bar. Não se demorem que a peça retomará acção em breve.

domingo, abril 16, 2006

injustiça



Porque será que não há músicas da Páscoa?
Todo e qualquer grupo, banda amadora, conjunto de cordas ou orquestra tem uma ou outra música de Natal. Mas nenhuma da Páscoa!!
Será isto uma conspiração contra a Páscoa?
É a Páscoa inferior ao Natal?
Vejamos:
- em ambas as ocasiões há férias (feriados).
- em ambos se come um belo d'um repasto.
- o natal tem o Pai Natal, a páscoa o Coelho da Páscoa.
- no natal dão-se prendas, na páscoa ovos.
- no natal come-se polvo e bacalhau, na páscoa cordeiro.
- no natal comem-se rabanadas e filhoses, na páscoa folares e bolas de canela.
- no natal o menino Jesus nasceu, na páscoa "ressuscitou".

São então dois feriados nacionais, europeus ou mesmo mundiais, de igual calibre.
Mas sem dúvida a dona Páscoa tem razão ao afirmar ser descriminada em relação ao senhor Natal.
Nem sequer uma música em seu prol..
Nem um jingle bells, jingle bells Jingle all the way, ou um É Páscoa, É Páscoa, salvação e luz.. ou ainda um A todos uma boa Páscoa, a todos uma boa Páscoa, que seja uma boa Páscoa para todos vós..

Estaremos perante um caso de racismo?
Mau senso dos músicos?
E.. porque será que ninguém queima embaixadas folares ou mesmo bandeiras ovos em forma de protesto com tão descarada discriminação??


fairless

Why are no songs about Easter?
Every group, amateur band or orchestra has one or another Christmas song. But none about Easter!
Is this a conspiracy against Easter?
Is Easter inferior in any way to Christmas?
Let us check:
- both the occasions have vacation (holiday).
- both are celebrated with nice food.
- the Christmas has the Santa, the Easter the Rabbit.
- in Christmas you get gifts, in Easter eggs.
- in Christmas we eat octopus and cod, in Easter lamb.
- in Christmas Jesus was born, in Easter "revived".

They are then two national, European or even world-wide holidays, of equal bore.
But, without a doubt that miss Easter has a good reason when she affirms to be acquitted in relation to Mr Christmas.
Not even a song in its glory..
Not a jingle bells, jingle bells Jingle all the way, or a It's Easter, It's Easter, salvation and light.. or even a We wish you a Happy Easter, We wish you a Happy Easter and a Great summer too...

Are we standing before a racism case?
A bad sense of the musicians maybe?
And.. why is it that nobody is burning embassies cakes or flags eggs in form of protest against so brazen discrimination?


Hasta lá Páscua, Siempre!!

sexta-feira, abril 14, 2006

lá memoir



Já foi referido aqui, por mim e em alguns comentários, que há certas coisas que nos fazem recordar um qualquer momento passado, por norma bom.
A música que agora passa na Rádio Nando (na continuação das Só Grandes Músicas) surgiu pela primeira vez ao meus ouvidos num qualquer dia do segundo trimestre de 2003.
Estávamos num dia solarengo, a preparar um almoço, de janelas bem abertas, no então nosso contentor F, mais precisamente na DTU – Lyngby – Copenhaga – Europa – Terra – Via Láctea – Universo (há que ter em conta os leitores de sítios longínquos).
A música encaixou-se tão bem no momento que pressionamos o botão “replay” da aparelhagem estereofónica (um leitor de cd portátil ligado a umas colunas de computador) e ouvi-mo-la o dia inteiro. E nos dias seguintes também.
De cada vez que a ouço, lembro-me exactamente deste dia.
E também da Páscoa desse ano (que deve ter sido por esta altura – altura da história acima descrita.. pois é claro e óbvio que também foi nesta altura, uma vez que estamos na Páscoa).
Se bem me lembro, essa Páscoa (a de 2003) e esta (a de 2006) são as únicas que passei (até à data) longe dos habituais folares, das bolas de canela e da família. Se não se experimentarem situações diferentes nunca se sabe como poderá ser. E esta, em especial o domingo de Páscoa foi... fantástico!
Muitos dos meus companheiros de contentor aproveitaram as férias para ir passear, conhecer novos mundos. Fiquei eu e o Rafa a tomar conta do quartel general. O Rafa teve uns amigos a visitá-lo, que acabou por nos proporcionar umas viagens turísticas aqui perto.

Hmm.. e agora que mencionei isto.. será que devo dizer que nos quase 2 anos e meio que aqui estou, não houve nenhuma alma que aproveitasse a ocasião para vir conhecer um sítio diferente, uma capital de um país civilizado, ou apenas visitar-me... não é triste??

Resta-me então desejar uma Santa Páscoa a todos. Não abusem no folar.
Ficam prometidas mais músicas deste calibre para breve.


As been said here before, for me and in some commentaries, that some things make us remember a great moment, normally a good one.
I've heard the today's song of Radio Nando (in the continuation of Only Great Songs sequel) for the first time in one day of the seconf trimester of 2003. It was a sunny day, we were preparing lunch, windows wide open, back in our container F, more exactly in DTU - Lyngby - Copenhagen - Europe - World - Via Láctea - Universe (we must have in account the readers of distant places). This song fell so well in the moment that we pressed the "replay" buttom of the stereo equipment (a portable CD-reader and computer speakers) and heard it through the entire day.
And in the following days too.
Each time that I hear it, I remember this day.
And also of the Easter of that year (that must have been around this time - tome of the above described story. Is clear and obvious that was also around this time, since it's Easter now).
If I remember it well, the Easter of 2003 and this one (of 2006) are the only ones that I passed absent of the habitual folares, of the cinnamon balls and my family. If you don't try different situations you'll never known how it could be. And this one, in special the Easter Sunday was... fantastic!
Many of my friends of the containers used the vacations to visit new places, to get to know new worlds. Me and Rafa were left behind to take account of the headquarters. Rafa had some friends visiting him, which ended up making us provide tourist tours around here.

Hmm.. and now that I mentioned this, should I say that in almost the 2 years and half that I am here, there was no soul that took the opportunity to visit a different place, a capital of a civilized country... isn't that sad?

To finish with, I would like to wish a Saint Easter to everyone.

terça-feira, abril 11, 2006

que língua deverei aprender?



A internet está repleta de informação, da boa e da má, e de vez em quando encontram-se coisas estúpidas. Desta vez dei com uma pequeno questionário que me iria informar de qual deveria ser a língua que deveria aprender.
Para por os leitores a par das minhas responsabilidades linguísticas, informo que no meu dia-a-dia utilizo uma língua estrangeira para comunicar com quem quer que seja, exceptuando quando falo com a família ou chato (deverá ser assim que se internacionaliza a palavra chat) com alguns amigos. Vivo num país onde se fala uma outra (segunda) língua, que não falo e muito pouco percebo. E depois estou casado com uma pessoa que fala uma terceira língua que para mim poderia ser chinês, mas não o é porque pelos vistos chamam-lhe outro nome.
Assim, à partida as minhas opções de aprender uma língua ficariam reduzidas a:
- re-aprender português;
- aprender dinamarquês;
- aprender islandês.
- melhorar o inglês

Para me ajudar a decidir em qual deveria investir, atiro-me de cabeça a este elaborado nicho de sabedoria, esperando que o autor do formulário tenha sido um génio capaz de ler os astros e de ver além do horizonte.
Pergunta após pergunta fui respondendo.
Depois deparei-me com a seguinte interrogação..

Qual a disciplina que mais gostaste?
- Economia
- Informática
- Filosofia
- Línguas estrangeiras
- Almoço
- Baldar-me

hmm.. e agora??
Certo que segui “Informática” como carreira profissional, mas também é certo que passei com distinção o “Almoço” diário. Decisões decisões.. “Baldar-me” também fazia com mérito reconhecido!
Às duas por três lá optei pelo óbvio.
E obtive um resultado algo surpreendente:

Você deverá aprender Japonês

Você é extremo e está pronto para se envolver na excêntrica cultura japonesa. De Engrish às competições de comer, você nasceu para ser um gaijin louco. Saiko!

Será que deverei seguir este audaz e perspicaz conselho de um cartomante anónimo... ??


The Internet is full of information, the good one and the harm one, and there are times when we come across dullness. This time I stumble upon a small questionnaire that would inform me of which language I should learn.
To share my language responsibilities to all readers, I inform that I use a foreign language to dayly communicate with who-ever, except when I speak to my family or chat with some friends. I live in a country where everyone speaks another (second) language, that I do not speak at all and hardly understand a few words. Furthermore, I am married to a person that speaks a third language, that could be Chinese for me, but it isn't 'cause they gave it another name.
Thus, to start off, my options to learn a language were reduced to:
- re-learn Portuguese;
- learn Danish;
- learn Icelandic;
- improve English.

To help me deciding which one I should invest, I throw my self in this elaborated wisdom niche, waiting that the author of the form has been a genious capable of reading the stars and seeing beyond the horizon.
Question after question I kept answering.
Later I came across with the following interrogation.

What subject did you like best in school?
- Business
- Computer science
- Philosophy
- Foreign languages
- Lunch
- Cutting class

hmm.. what now?
Certainly I followed "Computer science" as professional career, but also certainly I passed with distinction the daily "Lunch". Decisions decisions... "Cutting class" was also something I assume recognized merit!
Two by three, I opted by the obvious one.
And I got a somewhat surprising result:

You Should Learn Japanese

You're cutting edge, and you are ready to delve into wacky Japanese culture.
From Engrish to eating contests, you're born to be a crazy gaijin. Saiko!

Should I follow this daring and perspicacious advice from an anonymous card-reader...?

domingo, abril 09, 2006

hurra!!



(notícias do mundo hattrick)

Exactamente!! “Hurra!!” é a palavra que se ouve por aqui nas imediações do Phish Dome após a vitória por 4 a 2 no último jogo da presente época, desta feita elevando Phish Gun à oitava série da liga dinamarquesa. Após assumir o controlo da equipa precisamente a meio da 28ª época, a equipa Phish Gun consegue surpreender os adeptos e alcançar um extraordinário segundo lugar na tabela classificativa, após 5 vitórias, 1 empate e 1 derrota debaixo da nova administração. De lembrar que os primeiros 7 jogos desta equipa, aos comandos de um incompetente qualquer, previam que a equipa lutasse por um lugar no meio da tabela.
“Preparações e medidas vão ser tomadas para que a próxima época seja de igual sucesso, e atrevo-me a adiantar já que vamos lutar por um lugar cimeiro, um lugar que nos permita subir à série VII.” adiantou o presidente do clube na conferência de imprensa. Quando questionado pela competição da Taça respondeu “A taça está ainda muito longe dos nossos já ambiciosos objectivos. No entanto, tudo faremos para ir o mais longe possível na eliminatória.”.
Esperamos assim pelo início da próxima época para seguirmos de perto as aventuras de um emigrante português na direcção da uma equipa da liga dinamarquesa.
Agora é tempo de celebrar.
Zé Couves, de Copenhaga para O blog do Nando.


(news from the hattrick world)

Exactly! "Hurra" is the most word shouted here in the immediacy of the Phish Dome after the victory by 4 to 2 in the last game of the present season, thereby raising Phish Gun to the eighth series of the Danish league. After assuming the control of the team at exactly half of the 28th season, the team Phish Gun surprises the supporters by reaching to an extraordinary second place in the classification table, after 5 victories, 1 tie and 1 defeat under the new administration. We remember that the first 7 games of this team, under the commands of an imcompetent person, foresaw that the team would just be fighting for a place in the middle of the table.
"Preparations and measures will be taken so that the next season is of equal success and, I dare to advance that we will be fighting for a upper position, a position that will allow us be promoted to the VII series." said the president of the club in the press conference advanced. When questioned about the Cup competition he answered "the Cup is still very far of ours already ambitious goals. However, we will do everything to go the furthest possible.".
We wait thus for the beginning of the next season to follow up closely the adventures of a Portuguese emigrant as president of one team of the Danish league.
Now it is time to celebrate.
This is Zé Borecoles, from Copenhagen to Nando's Blog.

sábado, abril 08, 2006

identity

"As I was going up the stair
I met a man who wasn't there.
He wasn't there again today
I wish, I wish he'd go away"

--Hughes Mearns--


foto de Helder Rodrigues

quinta-feira, abril 06, 2006

descubra as diferenças



As seguintes imagens mostram o mesmo visto em dois browsers diferentes. Conseguem descobrir as diferenças? Sugiro que cliquem nas imagens para as ver em tamanho maior.

IE


“ie” não é o “ié meu, tá-se bué” dos modernismos d'hoje, mas sim o browser que é imposto aos utilizadores do sistema operativo da Microsoft. Por outras palavras, uma doença. Eu tinha esperanças que alguém com 2 palmos de testa não o usasse. Mas assim não é. 75% das visitas a este blog são realizadas através deste filho do demo, desta aberração da natureza virtual.

For the record, não recebo nenhuma comissão por defender o Firefox. Poderia ter sugerido um outro browser. Hoje em dia, qualquer coisa que aceite um endereço de Internet (URL) é superior ao IE.

Não acham que está na altura de mudar para melhor?


The following images show the same thing seen in two distinct browsers. Can you discover the differences between them? I suggest that you click on the images to see them in bigger size.

FX



"ie" is not "ié dude, all cool" of today's modern sayings, but the browser that is imposed to all users of the Microsoft operative system. I had hopes that somebody with 2 inchs of forehead did not use it. But it isn't like that. In fact, 75% of the visits to this blog are by the use of this son of deamon, this aberration of the virtual nature.

For the record, I do not receive any commission for defending Firefox. It could have been suggested any other browser. Nowadays, any thing that accepts an Internet address (URL) is better than IE.

Isn't it about time to change for better?

terça-feira, abril 04, 2006

teens



Há muitos teen filmes por aí à solta.. e como se estes não bastassem, ainda há os anti-teens, que gozam os primeiros.
Não poderei dizer que todos eles são maus filmes, pois até nos fazem soltar uma ou outra gargalhada, mas também não alcançam nenhum título no mundo da sétima arte. É aquele tipo de filme de fim de tarde. Para preparar o estômago para o jantar.
O guião é sempre igual. Acredito que há uma máquina qualquer em Hollywood em que se carrega num botão e ela cospe cá para fora um guião, com o nome do filme e tudo. Têm sempre a gala de fim de ano, onde toda a verdade vem sempre ao de cima, a festa animalesca na casa de alguém em que 90% das pessoas não foram convidadas, o grupo de amigos com planos de se fazerem “ómes” antes de acabar o secundário e por aí fora..
No meio de todos estes filmes, há um que se mantém no meu topo. Assim como o melhor teen filme alive. Chama-se “10 things I hate about you”. O que o torna diferente dos outros? Talvez tudo, talvez nada. A banda sonora recebe sem dúvida alguma parte dos pontos. No fim de contas, é tudo uma questão de gostos. Qual é o vosso?


There are many teen movies out there, running free. And as these were not enough, there still are the anti-teens, that make fun of the first ones.
I cannot say that all of them are bad movies, 'cause make us laugh once in a while, but I also cannot say that they reach to some type of title in the world of the seventh art. Basically, they are that type of film for the end of an afternoon. To prepare the stomach for dinner.
The script is always the same. I do believe that exists a machine in Hollywood that when a button is pressed it spits out the script, with the name of the movie and everything. They always have the prom, where all the truth always arise, the unbelievable party in the house of somebody where 90% of the people were not invited, the group of friends that plan to become "men" before finishing the high school and so on...
In the middle of all these films, there is one that stands as my favorite. Something like the best teen movie alive. It's called "10 things I hate about you". Why is this one different from the others? Perhaps everything, perhaps nothing. The soundtrack gets without a doubt part of the points. In the bottom, it's all a question of movie "tastes". Which one is yours?

KAT

I hate the way you talk to me
And the way you cut your hair.
I hate the way you drive my car.
I hate it when you stare.
I hate your big dumb combat boots
And the way you read my mind.
I hate you so much it makes me sick.
It even makes me rhyme.
I hate it...
I hate the way you're always right.
I hate it when you lie.
I hate it when you make me laugh;
Even worse when you make me cry.
I hate it when you're not around
And the fact that you didn't call,
But mostly I hate the way I don't hate you;
Not even close;
Not even a little bit;
Not even at all.

segunda-feira, abril 03, 2006

há dias que não..



Qualquer coisa como 9 km distanciam-me do meu local de trabalho. Não que me “custe” a lá chegar, mas uma distancia destas tem de ser bem justificada. A aulinha das 8 da manhã é uma das razões. A outra é o treininho das 8:30 da noite, que por acaso hoje ainda era de dia.
Acordei à horita de sempre, 6:45, para desligar o despertador e dormir mais pouco. Aquele clássico. Tentativa de enganar o sono quando ao fim e ao cabo ele é que me engana. Quando o despertador insiste pela segunda e terceira vez, lá lhe faço o favor e inauguro o dia. Pequeno almoço tomado e a comédia americana da manhã vista (e que bem que é começar o dia com um par de gargalhadas) lá faço os possíveis para me dirigir à porta.
Havia um vozinha a dizer “hoje não devias ir” - “vozinha maluca..” pensei eu.
Chego ao edifício 303, sala 026 e dou com a porta fechada. Um papel colado na porta chamou-me a atenção. Como não fiquei completamente elucidado com o que o papel me disse, procurei na imediações por alguma cara conhecida. Não somos mais de uma dúzia, por isso as esperanças não eram muitas. No entanto lá dou com dois coleguinhas que me explicaram que não havia aulas porque o professor estava doente.
Ora bolas!! E eu que estava tão bem nas mantas deitadas, nas mantas estendido.
Bem, nada a fazer agora. A bola é redonda e os carros andam em ambos os sentidos. Um pouco mais tarde estava de novo em casa.
Horas depois chega a hora (quem diria..) do treino. Ao mesmo tempo começa mais um episódio do Lost. E vem aquela vozinha “não vás.. fica!!”. Eu ficava, mas umas corridas fazem sempre bem, por isso lá voltei eu aos 9 km. Acabo de chegar lá e fico a saber que o treino tinha sido cancelado.
Impecável!!
Mais uma viagem a valer a pena.
A segunda do dia.
Porque é que não dei ouvidos à vozinha?
Será que se lhe presto atenção volto alguma vez a levantar-me de manhã?
Será que será... perhaps perhaps...


days that..

Something like 9 km stand between me and my workplace. Is not that "it's hard to me" to go there, but such a distance has to be very well justified. The class at 8 of the morning is one of the reasons. The practice at 8:30 of the night is another, that by chance today was still daylight.
I woke up today at same hour as always, 6:45, turned the alarm-clock off and slept a little more. A classic. An attempt to deceive sleep, when in the end the one and only deceived is me. When the alarm insists for second and third time, I conceed it the favor by inaugurating the day.
Breakfast and an american comedy after (and how nice it is to start the day with a couple of laughs) I make the possible to walk out the door. That's when I hear a wispering voice saying "today you don't have to go" – "crazy voice" I thought.
I arrived at building 303, room 026 and found the door closed. A paper on the door called my attention. As I was not completely elucidated with what the paper told me, I looked around for some known face. We are not more than a dozen, therefore the hopes were low. However I found two friendly collegues that kindly explained me that the teacher was sick.
Great balls of fire! And I was so well in bed.
Well, nothing to do about that now. The ball is round and the cars drives both the directions. A bit later I was back home. Hours later arrived the hour (who would say that..) of handball pactice. At the same time started Lost. And there it comes that wispering voice "dont you go little boy...". I was not sure, but some sport is always good, so I went for another 9 km.
As soon as I arrived, I get to know that the practice have been cancelled..
Crap!!
Another trip without success.
The second of the day.
Why did I not listen to wispering voice?
If I listen to the wispering voice, will I ever meet at class in the morning?
Perhaps perhaps perhaps...

sábado, abril 01, 2006

ironia



Duas tortas não fazem uma direita, mas três esquerdas fazem!



E como o início desta música descreve tão bem o dia d'hoje..


Two wrong ones don't make one right, but three lefts do!



And how well the beginning of this song descrives my day..

I'm sitting here in a boring room
It's just another rainy Sunday afternoon
I'm wasting my time, I got nothing to do
I'm hanging around, I'm waiting for you
But nothing ever happens, and I wonder