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quarta-feira, dezembro 07, 2005

tombo #4

Se costumam passar por aqui, lembrar-se-ão certamente do post em que expunha um dos perigos ao andar de bicicleta.
Pois agora vou falar (ou escrever, se preferirem) d'outro.
Então por partes.
O problema em questão é devido às duas rodas e ao equilibrio nas mesmas, ao desafiar Newton e mais a sua maçã, os mares e à lua, à atracção entre corpos, ao polo positivo e negativo, ou por outras palavras, à gravidade... essa bela senhora que nos mantêm por aqui..
E que gravidade pode ser provocada pela gravidade, meus senhores...
Vamos a contas. Inverno 2005 atingi um total de 3 quedas. Nada aparatoso.. aliás, 2 destes deveram-se à falta de mobilidade instantânea. Passo a explicar, o veículo que conduzia n'altura tem aquelas proteções nos pedais (à pró) fazendo com que pés fiquem presos ao pedais para um pedalar mais eficiente. Pois ora quando a natureza chama, ou seja, quando paro e tiro um dos pés para formar o famoso tripé e me sustentar como um normal homosapiens que sou, algo de muito errado acontece e a senhora que descrevi acima leva-me para o outro lado (leia-se the dark side). Lado este que não forma um tripé mas um belo "estatelamento" no pavimento. Rima e é verdade! O terceiro, tratou-se de uma manobra perigosa sobre o gelo. É certo e sabido que uma inversão de marcha sobre um bloco de gelo, utilizando o máximo ângulo de brequagem não dá bons resultados.. eu tentei e aprendi!
E isto foi o Inverno passado. Pois este, Inverno 2006, ainda nem começou e eu, que não sou gajo de me ficar à espera, já me apresentei com um belo espalhanço ao comprido.. nota 9.9 nos Olímpicos.
3 e meia da manhã, vinha eu de trabalhar arduamente, de olhos vidrados (não sei se do frio, se de olhar durante horas a fio para um ecrã), quando perante um semáforo vermelho e amarelo tudo acontece.
Dava pra ver pela cor do asfalto que eu circulava em cima de uma jeitosa camada de gelo, mas mesmo assim não me neguei a uma curva de 90 graus, fazendo-a (à pró) com ligeira inclinação enquanto abrandava travando com o travão da roda dianteira. N'altura só já via o belo farnel que ia preparar assim que chegasse.. mas nem o Diabo esfregou um olho, e estava eu estatelado no chão, barriga pra cima como se estivesse a observar as estrelas!!
E assim, fica este no meu livro Guiness pessoal.
Claro que não dou o caso por encerrado.. com tanto "kilhómetro" (como se diz na Madeira) a fazer, algo é de acontecer..

não sei porquê, mas só me vem esta música à cabeça:
"Hit the road Jack and don't you come back no more, no more, no more, no more."


and always remember, drive safe!

2 comentários:

Ora viva, xôr Nando! Depois de muitas tentativas para conseguir lembrar-me de quem era eu aqui nos blogs, cá consegui entrar. Alguém devia criar um movimento a defender os cibernautas de identidade perdida no meio de dezenas de registos em tudo quando é sítio. Voltanto ao tema "Tombo#4". Pois bem caro amigo, partilho contigo esse teu sofrimento de conheceres "the dark side", pois também eu há já muito tempo tempo passei por essa desagradável experiência. Estávamos numa bela tarde de sol de Primevera, altura ideal para um passeio de moto (motorum aliás) por esses caminhos de Portugal (nesse mítico trajecto Mogadouro-Meirinhos, via Valverde) quando decidimos atravessar a ribeira de Meirinhos de moto (recordo que era Primavera: muita água... e fria... fria). Alguém se lembrou que seria uma boa ideia o pessoal tirar as botainas não fosse necessário recorer a um terceiro apoio para formar esse famoso tripé de que falas. Pois bem, eu claro que tentei optimizar ao máximo os recursos, ou seja, basta tirar UMA botaina porque um tripé só precisa de 3 apoios. Como de costume a sorte não tinha vindo comigo (acho que estava ocupada, tinha ido com outra malta com quem se entende melhor), estava eu em pleno show, atravessando a ribeira, que ao início parecia tão estreita e agora nunca mais chegava à outra margem, quando de repente precisei do apoio... do outro lado.
Oh pah... que belas recordações trazes!!!

De motorum por esses caminho míticos.. à descoberta de novos caminhos.. passando por essas pequenas e aliciantes provas de perícia (por vezes de esforço)... ahhh... sim sim.. esses BONS VELHOS TEMPOS!

Lembro-me dessa aventura que contaste.. mas também de uma outra, em que alguém (não quero refirir nomes, mas conduzia uma XR400 e tem o mesmo nome que o ratão que acabou no caldeirão), sugeriu que a melhor maneira de atravessar a ribeira era "depressa" - tipo, zás-trás e nem demos por ela que já estamos do outro lado. Eu fui o primeiro aventureiro... meio desconfiado, passei não muito depressa.. e acabei practicamente seco do outro lado. Tu foste o segundo. E tal foi o "gáz" em que entraste na ribeira que levaste tamanho banho... a entrada na água criou um verdadeiro tsunami de que tu foste vítima!! Molhadito do capacete aos pés! O autor da sugestão, foi o último, e provavelmente após ver os fracassos da sua ideia, passou devagar. Mas passou tão devagar... que mesmo no meio da ribeira deixou a mota ir abaixo... resultado: necessidade de criar o tão famoso tripé! Pimbas, pé na poça! Galocha molhada! :)
Foi caso pra dizer, quem ri por último, ri melhor!

Temos de nos lançar em mais uma aventura dessas um dia destes.. :)

Grande abraço!

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