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domingo, abril 22, 2007

burnin'down the'house




Cronologicamente errado, uma vez que este post diz respeito à passada quarta-feira, dia antecedente ao primeiro dia de verão, segundo o calendário islandês, mas que só agora tive tempo de me sentar em frente ao computador para o escrever. E podem vir com aquela conversa de, vem te avisei que quando se trabalha não há tempo que chegue para o que se quer, que era o que eu ouvia de um grupo de amigos, mais propriamente dos não amigo dos amigos, sempre que insistia com eles para aumentar a participação dos respectivos na troca de emails, especialmente quando todos deixámos de viver na mesma cidade e de estudar na mesma faculdade, pois eu continuo a responder o mesmo: tretas! Só não têm tempo se não quiserem. Querem saber como é que ficam sem tempo para nada? Arranjem um rebento! Mas voltando ao objectivo deste post, estava eu e os meus coleguinhas a trabalhar na tarde de quarta-feira, até ansiosos pelo verão fulminante que iria começar, quando um outro colega chega ao nosso lado, uma vez que ele trabalha no lado Sul do mesmo andar e nós no Norte, ou vice-versa, e diz: "Não fazem ideia do que está a acontecer do outro lado, pois não?". Ora numa quarta-feira depois de almoço na baixa de Reykjavik não poderia estar a acontecer muito, pensei eu! Mas fomos averiguar. Chegados lá, que é como quem diz, depois de atravessar o hall de entrada que separa os dois lados, deparamos-nos com toda gente junto da janela de olhos postos no edifício da frente. Assim que consegui um espaço pude perceber a razão. O dito edifício, que era na verdade um bar, Pravda de seu nome, estava fumegando abundantemente. Fumo saía não só pela chaminé, o que até seria normal, mas também pelas janelas e por debaixo do telhado. Numa rápida lição de história fui informado que o tal bar, o posto turismo à esquerda (do meu ponto de vista) e o restaurante da esquina, ainda mais à esquerda, todos eles paredes-meias, eram dos poucos edifícios que sobreviveram a um incêndio que devorou a baixa há coisa de umas dezenas de anos, e daí ainda possuírem uma estrutura à base de madeira. Postas as coisas desta maneira, preparava-se à nossa frente um belo churrasco. Em menos de 10 minutos, o posto de turismo era também um verdadeiro cachimbo. A polícia chegou primeiro e mandou sair dali a cambada de jovens que se tinha sentado em frente ao Pravda de cerveja na mão a ver o espectáculo. Por volta desta altura, Thomas, o americano cá do nosso "estaminé", pôs a tocar a burning down the house dos Talking Heads, ao que alguém sugeriu abrir as janelas e colocar as colunas do lado de fora, de forma a partilhar o nosso momento musical. Tal não aconteceu, por piedade! Só para nós, seguiu-se o clássico the roof is on fire dos Bloodhound Gang. Os bombeiros chegaram, e uma plateia de espectadores formou-se no lado oposto da rua, como se de um jogo de futebol se tratasse. Achei que a coisa iria ficar por ali e regressei ao meu posto de trabalho. À minha espera estava o Rafa (através do chat do google). Ainda não tinha tido tempo para ler o que é que ele precisava quando somos informados que tinhamos de sair dali. A policia decidiu evacuar os edifícios vizinhos. Então respondo eu ao Rafa: can't help you now, I have to leave, ao qual ele me responde: what? is your building on fire? Curiosamente, quase que acertava. À saída reparei que a coisa estava algo pior. Além do fumo intenso, havia agora um grupo de chamas enormes a sair do bar e do posto de turismo. Sem poder trabalhar, atascamos no Café Paris, um pouco mais abaixo (desta feita para a direita) na mesma rua, para dois dedos de conversa e umas bejecas.




1 comentários:

wonderful Reykjavik :)
por Blogger andre, Às 10:05 da manhã  

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