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segunda-feira, junho 25, 2007

solstício



Ora aqui vai a minha terceira tentativa de começar um post. Os outros dois, por falta de tempo, estão de molho à espera de melhores dias. Dias que virão certamente. O tema em causa é que já pode não estar dentro do prazo de validade. Mas isso logo o veremos quando lá chegarmos. Por agora quero só dizer que o solstício acabou de passar por nós. Ele e o S. João. E eu sem um balão. Mas com um longo longo dia. Dia este que teima em não acabar. 21 de Junho é o dia mais longo do ano, mas que aqui é algo que pouco se nota. É que, verdade seja dia, já lá vai pelo menos um mês em que não ponho os olhos na noite escura. Essa vadia. E como só agora foi o ponto de viragem, suspeito que tenho ainda pela frente mais outro mês sem sombras onde me abrigar. E o que mais me incomoda com isto até não é a questão de conseguir dormir com a claridade que está lá fora, como toda a gente me acaba por perguntar, pois penso que quem consegue dormir durante o dia também consegue dormir durante a noite que é dia, e, acrescento ainda, que não há cá dessas persianas que resguardam o quarto de qualquer raio luminoso mais espevitado que seja, pois até hoje só vi, e vai-se lá saber porquê, cortinas quase transparentes ou daquelas persianas de laminas paralelas que mesmo em posição de protecção solar continua a não ser preciso acender uma luz para procurar a peúga perdida debaixo da cama. O que a mim me incomoda é o facto de algo misterioso, ou talvez algo não misterioso mas por uma razão misteriosa me faz olvidar do facto de que é sempre de dia. E isto é particularmente chato em duas situações. Primeiro, quando o dia foi longo e estamos a acabar de ver um filme, já um pouco tarde, já em esforço para manter as pestanas abertas, e o sol lá fora ainda brilha, pois vê-mo-lo pela janela, criando um momento de dúvida na nossa cabeça entre a razão pela qual nos sentimos tão cansados quando é, supostamente, tão cedo. Segundo, vem do hábito de vários anos que o amanhecer depois de uma longa noite de bar em bar é sinal divino indicando que a próxima paragem são os lençóis, um relógio natural que desperta em nós uma vontade de tomar o pequeno almoço na pastelaria que acabou de abrir ao fundo da rua e ir dormir profundamente. Ora claro está que, evidentemente, ao sair ainda cedo de um bar aqui, por exemplo o primeiro, deparamos-nos com uma luminosidade tal, de como quem pede por óculos de sol, que nos leva irracionalmente a concluir que a noite passou rápido e que já são horas de fazer as despedidas, um "rapazes, a gente vê-se amanhã" que resulta sempre num surpreendido "mas já vais??"



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1 comentários:

nandinho, fiiiiiilho!
espero que a falta de tempo pra escrever seja um bom prenúncio. e a músiquinha que acompanha a leitura deste sítio pelo menos convida a reler os posts :)
bons dias!
por Blogger LSDee, Às 10:35 da manhã  

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