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terça-feira, janeiro 29, 2008

mordi-me e voltei a morder-me!

Permitam-me uma pequena definição de português do nordeste, essencial para o texto que se segue. Provavelmente não conhecem a palavra esgodar, pois nem o senhor dicionário de língua portuguesa a conhece, mas a verdade é que ela existe sim, e quer dizer esfregar. Sentem-se mais guichos? :)

Então vamos lá. Mordi-me por dentro do lábio inferior, do lado esquerdo! Isto não é algo que nunca antes tenha acontecido no mundo. Já toda a gente se mordeu em qualquer uma das partes dentro da boca a que conseguimos "deitar" os dentes. O pior é que depois da primeira dentada, temos as seguintes 5 garantidas. Tal e qual promoção da semana. Depois do primeiro aperto, do engolir em seco e do fechar d'olhos com as dores, vem aquele sabor a sangue. Sabor este que nao condiz em nada com a "Seafood pasta" que estava a comer. Passada a primeira vaga e de esgodar bem a língua na ferida aberta para que sare rapidamente, retomo o acto anterior com a certeza de que se segue. Segundo as leis da biologia, ou serão da física?, a parte interior do lábio incha e naturalmente fica mesmo à "mão de semear" para o dente que ali tenho mais à mão (em honra do João Pinto). E pimbas!! Depois de todo este masoquismo ficamos com uma bela obra de arte que incomoda o dia todo. E isto tudo faz-me lembrar o senhor professor Sílvio, que além de treinador de andebol também me deu educação física durante o quinto e sexto ano, ainda um moçoilo. Ó tempo que lá vai! Apesar de ele se referir a aftas, não sei se isto de qualifica como uma, peco desde já desculpas ao senhores doutores da boca pela minha ignorância em tais assuntos, mas o que o meu stôr nos sugeriu durante uma aula foi usar sal, ou açúcar se forem mais virados para os doces, e esgodar bem sobre a dita obra. A ponto que esta rebente, sangre ou lá o que é que acontece quando alguém executa tal tortura a si mesmo. Ele dizia que se tal fizermos, a afta desaparece e não temos de a "aturar" durante uma semana. Apenas por troca de uns momentos de dor. Um acto totalmente masoquista que nunca levei a cabo. Se quiserem experimentar depois digam-me se resulta. Eu vou-me aguentado sem actos desmedidos de coragem.

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