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domingo, junho 01, 2008

gelatina

São onze da noite. Enquanto escrevo estas palavras, o sol começa a esconder-se por detrás das montanhas que se estendem até ao Atlântico, onde, em coisa de mês e meio, será o lugar onde se esconderá por breves momentos. Agora desaparece dos céus por umas três horas. Durante esse tempo, continua pleno dia. Embora já bem habituado, estes longos dias e estes pôr-do-sol magníficos continuam a maravilhar-me. É caso para dizer que uma imagem vale mais que mil palavras. O que eu vinha dizer também tem a ver com uma maneira que a natureza tem para nos surpreender. É que, para alternar o já monótono e aborrecido tema dos telejornais, sendo este o estado da economia e do mercado de imóveis, a natureza teve de intervir. Por forma de um terramoto no sul do país, que marcou 6.7 na escala de Richter, valor pelo qual seria de esperar qualquer tipo de tragédia. Mas não. Com apenas uma fatalidade e alguns feridos ligeiros, pouco mais se passou que não um valente susto. A fatalidade foi uma ovelha, que por falta de sorte levou com uma parede em cima. Alguns estábulos e afins ruíram, algumas casas sofreram rachadelas, algumas estradas separam-se e um bom pedaço de terra abriu-se no meio de um prado. Apesar de nada de grave ter acontecido, muito devido à maneira como as casas são construídas, já a contar com este tipo de eventos, isto deu pano para três dias de conversa e notícias em formato especial. Quando perguntei qual a sensação a conhecidos que estavam em Reykjavik durante o acontecimento, a resposta foi: "parece que estava em cima de gelatina." Mas ao que parece, hoje já passou à história. E regressamos à economia, aos imóveis que não se vendem, aos preços que sobem, ao apuramento da selecção islandesa de andebol aos jogos olímpicos e pouco mais. No entanto, reparei num pormenor bastante interessante enquanto se falava nestes terramotos. Se clientes assíduos, devem lembrar-se de um post há uns meses atrás sobre o registo de vinte-a-trinta terramotos, dos nenés, por dia em todo o país, devido à localização da islândia sobre as duas placas continentais, a da américa e a da europa, que tendem em movimentar-se em sentido opostos, cada um para o lado com o seu nome, causando os ditos tremelicos. Mas os maiorzinhos, como o da passada quinta-feira, esperados a cada vinte anos, fazem com que a islândia vá crescendo. É certamente coisa pouca e muito infrequente, mas a ponta este e a ponta oeste estão cada vez mais distantes uma da outra. Poder-se-á dizer que este é um país literalmente em crescimento.

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