segunda-feira, setembro 01, 2008
maneirismos islandeses
Ontem à noite, a caminho de Akureyri para buscar os sacos do Ivo que vai passar dois meses à pátria e entretanto mudar de poiso aqui, deparei-me com um facto algo perturbador: a cidade estava de luzes acesas! Nada de anormal, naturalmente, apenas não tinha dado por ela que já ficava de noite tão cedo (por volta das 10 da noite). Já não me lembrava de ver as luzes acesas, aquele o ambiente escuro sarapintado de amarelo. O que pode ter duas explicações: ou a noite regressou repentinamente, ou eu tenho saído muito pouco ultimamente. Ou talvez as duas juntas e misturadas. Mas continuando. Depois de metidos os sacos na mala começaram os dois dedos de conversa embicando para o tema habitual dos maneirismos dos islandeses. Da conversa concluí que estou mais habituado do que o Ivo, pois ele ainda se "passa" com a falta de educação desta gente - quando comparada com a nossa. Daí que uma explicação sobre o comportamento social de um nativo islandês me parece apropriada para o comum tuga que não faz a mínima sobre o que se pode esperar. E começando pela entrada, lugar lógico de se iniciar, esta deve ser seguida de um descalçar dos sapatos, quer se esteja a entrar em casa ou num estabelecimento público como um complexo de piscinas. Nada de trazer a lama para dentro! Depois de entrar, nada de começar a cumprimentar toda a gente feito estúpido. Onde já se viu tal coisa como dizer uns "olás" a quem conhecemos ou até a alguém que na noite anterior nos contou a sua vida inteira. Mas depois de umas cervejolas, se as houver, o jogo começa e vale tudo, desde falar a abraços e até casar. Sem ser preciso a tasca estar a abarrotar, encontrões e empurrões são vistos como necessários para desbravar por entre a populaça. Daí que em vez de expelir uns palavrões e tentar perceber porque raio o caramelo não passou ao lado havendo tanto espaço, o melhor é ripostar da mesma forma e com sorte ainda se acaba por fazer mais um amigo que no dia seguinte não nos vai cumprimentar. E nada de tentar ser "educado" pois para começar nem sequer existe "por favor" em islandês. Quando muito pode-se compensar com vários "obrigados". E encerro aqui a introdução ao maneirismo islandês básico.
1 comentários:
Ah como é bom ser anti-social!!! :)))
por Anónimo, Às 9:56 da manhã