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sábado, dezembro 20, 2008

one night in paris

Já estamos em terras lusas. Terras transmontanas. Terras do planalto mirandês. Onde o sol nasce cedo e aquece. Têm estado acima de 20°C ao sol durante as tardes. Nada mau. Mas para cá chegar foi um verdadeiro filme. A viagem, de avião em duas tiradas, estava programada para Sexta dia 12. Dia 9 preparo-me para imprimir os bilhetes e acabo por descobrir que tinha havido um erro na compra do voo entre Reykjavik e Paris. Esclarecido o acontecido com a Icelandair, o problema esteve no processamento da compra e embora a página deles me tenha confirmado a compra, esta não tinha sido efectuada e não havia nada a fazer se não efectuar uma nova. Três dias antes e o voo não estava cheio, para sorte nossa, e conseguimos confirmar á segunda tentativa, ainda que algo mais caro. Pergunto-me como teria sido se não tivesse tido a ideia de imprimir os bilhetes, o chegar ao check-in e esbarrar num "esta marcação não existe!". Teria sido isto um aviso do que ainda viria? A intenção era iniciar a "descida" para Reykjavik na quinta á tarde mas os senhores da metereologia previam muito mau tempo para esse mesmo dia, que poderia levar ao corte das estradas. [E eles nao se referiam a 2 dedos de neve mas ao ponto de não mais se conseguir distinguir a estrada do resto e principalmente ventos acima dos 50m/s]. Dessa forma, saímos Quarta dia 10 á noite. Fizemos quase-metade do trajecto e a outra pouco-mais-de-metade na Quinta de manha. Realmente o aproximar do mau tempo era notório. Dali até Paris tudo correu dentro da normalidade. Tínhamos apenas 2 horas para mudar de avião. Ainda que com dois pequenos "ás costas" conseguimos nos despachar bem até termos sido obrigados a esperar pelas malas. E como não poderia deixar de ser, com excepção da vez que me perderam as malas, esta foi quando as malas mais demoraram a sair. Foi a confirmação de que os franceses são dos povos mais preguiços. E como se isso não fosse suficiente, ainda tivemos de esperar que todas as malas tivessem sido recolhidas para obter o carrinho de bebé, que nos tinha sido prometido antes que seria o primeiro a sair, pois embora bastante demoradas as nossas malas até foram das primeiras a sair. Já bastante atrasados toca a procurar por onde ir e acabamos por descobrir que o próximo voo saia praticamente do ponto mais afastado de onde estávamos. Mais uma vez, nem de propósito! O aeroporto falhava em indicações de como chegar de um lado ao outro. Entre ter de perguntar aqui e ali, e outros entraves, chegamos ao check-in quase 30 minutos atrasados. O avião ainda estava lá, mas foi-nos negada a entrada. Parecia inacreditável. O primeiro tivemos de comprar a ultima hora, o segundo estava comprado com antecedência mas não o apanhamos. Enfim, nada a fazer senao procurar alternativas. A única viável foi a de ficar a noite em Paris e mudar o voo perdido para um na manha seguinte. Cansados e frustrados arranjamos um quarto num hotel no complexo do aeroporto á espera do dia seguinte. Mas, já que estavamos em Paris e ainda era cedo, porque nao ir dar uma volta e jantar algures no centro? Vestir casacos, agasalhar a miudagem e comprar bilhetes de comboio. E logo mais um problema. Desta vez não havia elevador para descer o carrinho de bebé até á plataforma. O senhor das informações - que pouco inglês sabia, o que não é de admirar para um francês, mas parece-me estúpido alguém estar num ponto de informações onde muitos estrangeiros passam e não saber inglês - diz-nos que o elevador avariou há uns tempos e que tínhamos de levar o carrinho pelas escadas. Pelo menos foi isso que lhe percebi. Nas ditas escadas havia um sinal a proibir a descida de carrinhos de bebés.. Tudo parecia correr mal, até uma simples visita a Paris parecia estar impossível de realizar. Conseguimos que os bilhetes nos fossem reembolsados, nem sei como. Chegada a hora de jantar e a única opção era o restaurante do hotel. Com tudo o que tinha acontecido a vontade era de jantar calmamente e bem. Como não podia ser de outra forma, o restaurante estava nessa noite fechado para realizar uma festa interna. Conseguimos comprar uma pizza algures no aeroporto e come-la no quarto. Depois foi fechar os olhos e fazer por não pensar como teria sido diferente se tivéssemos apanhado o tal avião. O já estar em casa e o bom jantar com a família. E foi assim que para ir de Akureyri a Mogadouro nos levou 4 dias. Ele há dias que não...

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