quarta-feira, novembro 26, 2008
uma noite com sigur rós
Este último fim de semana foi diferente. Primeiro porque o passamos na capital, Reykjavik. Segundo porque sábado tivemos um jantar de natal com amigos islandeses que estudaram connosco na Dinamarca. Terceiro porque domingo fui ver pela quarta vez os Sigur Rós. Eles regressaram a casa para o último concerto da tour europeia que passou por Lisboa. Quem esteve nesse concerto disse-me que tinha sido o melhor de sempre. Não estou certo agora se ele se referia a "de sempre" desta banda, ou "de sempre" de todas as bandas. Que algo bom me esperava não havia dúvidas. Estava curioso pelo facto que desta vez as acompanhantes de longa data, Amiina, não estavam convocadas. Eram só os quatro e nunca os tinha visto sem a beleza que o conjunto de cordas adicionava. Para abrir o espectáculo apresentaram-se uns rapazolas de nome For a Minor Reflection que tiveram tão bem que me deixaram com vontade de ouvir mais. De referir que nos 40 minutos que tocaram, só lhes chegou para três músicas, mas com toda a pujança. O prato principal foi servido sem muita demora e foi mesmo muito bom. Pormenores de encher o olho e música de alto nível de principio a fim. Houve tempo para um encore de duas músicas e a banda ainda subiu ao palco mais duas vezes mas apenas para agradecer a um público que ansiava por mais. Não é admirar quando no bom reportório que contou com músicas de todos os álbuns ainda faltavam alguns dos temas principais. Mas não houve mais. Enquanto se saía do pavilhão e se faziam as despedidas, um amigo que tinha encontrado no intervalo entre a troca de bandas telefona-me e pergunta-me se não quero ficar mais um pouco e ir ter com a banda atrás do palco. Convite irrecusável.
No backstage encontravam-se apenas um grupo de amigos chegados e familiares da banda, e eu. Eles chegaram um a um e foram cumprimentando toda a gente. Não houve protagonismos nem nada que pudesse ter imaginado. Bastante simples, muito familiar. Afinal eram os pais, os irmãos e os amigos que os viram crescer que ali estavam a festejar um bom concerto e a desejaram-lhes um bom regresso a casa. Não houve tempo para muito, uma cerveja e dois dedos de conversa e a festa tinha de continuar num dos mais famosos bares da cidade. O meu convite para o backstage alongou-se e a noite durou até tarde. Passou-se assim uma noite impecável e a confirmação da ideia de que os Sigur Rós são de facto muito simples e não umas estrelas de rock como muita gente se julga. A quem esteve no concerto de Lisboa ficam as palavras do cantor Jónsi e do maestro ao piano Kjartan, que gostaram bastante. Re-confirmei a minha dificuldade em saber para que olho se olha quando se fala com um estrábico, pois o pobre rapaz (Jónsi) é mesmo muito estrábico. E muito abichanado!
No backstage encontravam-se apenas um grupo de amigos chegados e familiares da banda, e eu. Eles chegaram um a um e foram cumprimentando toda a gente. Não houve protagonismos nem nada que pudesse ter imaginado. Bastante simples, muito familiar. Afinal eram os pais, os irmãos e os amigos que os viram crescer que ali estavam a festejar um bom concerto e a desejaram-lhes um bom regresso a casa. Não houve tempo para muito, uma cerveja e dois dedos de conversa e a festa tinha de continuar num dos mais famosos bares da cidade. O meu convite para o backstage alongou-se e a noite durou até tarde. Passou-se assim uma noite impecável e a confirmação da ideia de que os Sigur Rós são de facto muito simples e não umas estrelas de rock como muita gente se julga. A quem esteve no concerto de Lisboa ficam as palavras do cantor Jónsi e do maestro ao piano Kjartan, que gostaram bastante. Re-confirmei a minha dificuldade em saber para que olho se olha quando se fala com um estrábico, pois o pobre rapaz (Jónsi) é mesmo muito estrábico. E muito abichanado!
Etiquetas: pessoal
sexta-feira, novembro 14, 2008
radio comeback
Para todos os fãs incondicionais da rádio nando, aqui fica a melhor notícia do mês: estamos de volta!!! Para compensar o tempo perdido, este recomeço apresenta mais uns islandeses de nome Jeff Who?. Com um bocado de jeito até conhecem a música.
Para todos os não acima mencionados, talvez seja altura de começar a ouvir. Se ainda não é desta que ficam convencidos, podem sempre parar o musicól pressionando em stop.
Toca a abanar o capacete! Quero ver essas mãos no ar! Agora só vocês aí ao fundo!
Para todos os não acima mencionados, talvez seja altura de começar a ouvir. Se ainda não é desta que ficam convencidos, podem sempre parar o musicól pressionando em stop.
Toca a abanar o capacete! Quero ver essas mãos no ar! Agora só vocês aí ao fundo!
quinta-feira, novembro 13, 2008
ponto de situação
Quando a Islândia bateu no fundo houve uma explosão de interesse em saber como o povo estava a reagir perante a má situação e o que havia mudado no dia-a-dia. Chegou mesmo ao ponto de alguém do "Jornal de Negócios" me telefonar para saber tudo isto. Na altura respondi que nada havia mudado. Os bancos, embora falidos, estavam abertos ao público, as lojas continuavam abertas e bem abastecidas, tudo funcionava como antes e a populaça estava apenas assustada com os acontecimentos. Estas perguntas pareceram-me precipitadas para a altura. Agora a história é diferente. A onda que arrasou os bancos acabou por atingir ao resto do país, como era esperado. Os despedimentos aumentaram, as empresas vêem-se agora com dificuldades, algumas acabando por fechar (como a BT, uma rede de lojas que vende electrodomésticos, e a companhia aérea Sterling). Com a excepção de comida e medicamentos, pouco mais é importado. Os navios saem cheios e regressam vazios. Começa a ser notória a falta de alguns produtos em várias lojas, que dia após dia ficam mais vazias. Situação que só parece poder ser reposta quando a situação da moeda islandesa se resolver. O povo islandês, que pouco ou nada sabe sobre manifestações, finalmente se uniu para protestar as acções do estado e requerer mudanças. Mas mesmo assim, a Islândia continua a marcar pontos a nível mundial. Desde o desastre financeiro, foram publicados dois estudos que qualificaram a Islândia como número 1. Em "liberdade de imprensa" e "qualidade do sistema de saúde". Pode não haver muito material, mas continua a ser onde se tem uma vida mais longa!
Etiquetas: islandia
terça-feira, novembro 11, 2008
ó pequenina
Com a falta das fotos, coisa que terei de resolver qualquer dia, até lá as minhas desculpas, fica aqui um pequeno update na evolução da "pequena". Foi ontem à consulta dos 3 meses. E como já tinha sido notado na consulta do mês e meio, onde ela tinha tanto de comprido como a média para um bebé de 3 meses, desta vez está quase a chegar ao normal para um bebé de 6 meses. Tem assim 65 cm de comprimento e pouco mais de 6 kg de peso. Parece que alguém está com pressa em crescer... :)
Etiquetas: karolina
segunda-feira, novembro 10, 2008
petróleo
Na já habitual onda más notícias a que o telejornal da ilha nos tem habituado nestes últimos dias, surgiu ontem uma algo diferente. Ao que parece, encontraram poços de petróleo na Islândia. E as estimativas da quantidade ou tamanho não são propriamente humildes. Mas sim qualquer coisa como a Noruega tem. Que, convertido para números que a populaça consegue mastigar, fica em qualquer coisa como os custos do estado durante 400 anos! Queres ver que após este tombo enorme, lhes saiu o euromilhões?
Etiquetas: islandia
sábado, novembro 08, 2008
sean
Ele, agora, está na praia, com um dedo dentro de água, pedindo-te que vás com ele. Ele tinha estado a correr atrás da mae de um lado para o outro na areia. Ele tem dez anos. Está rodeado de animais. Quer ser veterinário. Tu abrigas um coelho para ele. Um pássaro. E uma rapoza. Ele está no secundário. Gosta de correr. Como o pai. Ele tem vinte e três anos, está na universidade. Faz amor com uma linda rapariga chamada Claire. Pede-lhe para ser sua esposa. Ele telefona para aqui e conta á Lara, que chora... ele continua a correr. Pela universidade fora. E no estádio onde o John o observa. E como ele corre rápido, tal como o seu pai. Ele vê o pai, quer correr para ele, mas tem apenas seis anos e nao o consegue fazer. E o outro homem é tao rápido...
--Agatha, in Minority Report
--Agatha, in Minority Report
Etiquetas: off
segunda-feira, novembro 03, 2008
redaxão
Não era bem o post que se seguia, mas não consigo evitar de o colocar aqui. Dizem que isto é tirado de uma prova livre de Língua Portuguesa, realizada por um aluno do 9.º ano das Caldas da Rainha. Será isto prova das boas contribuições do governo no que toca ao novo método de educação, o tal de que ninguém pode chumbar no ensino obrigatório? Ou será efeito do tal Magalhães? Boa sorte:
"'O PIPOL E A ESCOLA'
Eu axo q os alunos n devem d xumbar qd n vam á escola. Pq o aluno tb tem
direitos e se n vai á escola latrá os seus motivos pq isto tb é perciso ver q
á razões qd um aluno não vai á escola. primeiros a peçoa n se sente motivada
pq axa q a escola e a iducação estam uma beca sobre alurizadas.
Valáver, o q é q intereça a um bacano se o quelima de trásosmontes é munto
montanhoso? ou se a ecuação é exdruxula ou alcalina? ou cuantas estrofes tem
um cuadrado? ou se um angulo é paleolitico ou espongiforme? Hã?
E ópois os setores ainda xutam preguntas parvas tipo cuantos cantos tem 'os
lesiades', q é um livro xato e q n foi escrevido c/ palavras normais mas q no
aspequeto é como outro qq e só pode ter 4 cantos comós outros, daaaah.
Ás veses o pipol ainda tenta tar cos abanos em on, mas os bitaites dos profes
até dam gomitos e a malta re-sentesse, outro dia um arrotou q os jovens n tem
abitos de leitura e q a malta n sabemos ler nem escrever e a sorte do gimbras
foi q ele h-xoce bué da rapido e só o 'garra de lin-chao' é q conceguiu
assertar lhe com um sapato. Atão agora aviamos de ler tudo qt é livro desde o
Camóes até á idade média e por aí fora, qués ver???
O pipol tem é q aprender cenas q intressam como na minha escola q á um curço
de otelaria e a malta aprendemos a faser lã pereias e ovos mois e piças de
xicolate q são assim tipo as pecialidades da rejião e ópois pudemos ganhar um
gravetame do camandro. Ah poizé. tarei a inzajerar?"
"'O PIPOL E A ESCOLA'
Eu axo q os alunos n devem d xumbar qd n vam á escola. Pq o aluno tb tem
direitos e se n vai á escola latrá os seus motivos pq isto tb é perciso ver q
á razões qd um aluno não vai á escola. primeiros a peçoa n se sente motivada
pq axa q a escola e a iducação estam uma beca sobre alurizadas.
Valáver, o q é q intereça a um bacano se o quelima de trásosmontes é munto
montanhoso? ou se a ecuação é exdruxula ou alcalina? ou cuantas estrofes tem
um cuadrado? ou se um angulo é paleolitico ou espongiforme? Hã?
E ópois os setores ainda xutam preguntas parvas tipo cuantos cantos tem 'os
lesiades', q é um livro xato e q n foi escrevido c/ palavras normais mas q no
aspequeto é como outro qq e só pode ter 4 cantos comós outros, daaaah.
Ás veses o pipol ainda tenta tar cos abanos em on, mas os bitaites dos profes
até dam gomitos e a malta re-sentesse, outro dia um arrotou q os jovens n tem
abitos de leitura e q a malta n sabemos ler nem escrever e a sorte do gimbras
foi q ele h-xoce bué da rapido e só o 'garra de lin-chao' é q conceguiu
assertar lhe com um sapato. Atão agora aviamos de ler tudo qt é livro desde o
Camóes até á idade média e por aí fora, qués ver???
O pipol tem é q aprender cenas q intressam como na minha escola q á um curço
de otelaria e a malta aprendemos a faser lã pereias e ovos mois e piças de
xicolate q são assim tipo as pecialidades da rejião e ópois pudemos ganhar um
gravetame do camandro. Ah poizé. tarei a inzajerar?"
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