quarta-feira, fevereiro 27, 2008
anzol
Fui ao dentista. É daquelas necessidades que tive a sorte de nunca precisar. Conto pelos dedos de uma mão as vezes que fui (e que me lembre) a um especialista do marfim. E porque após ter arranjado um dente há coisa de um ano e tal tenho feito questão de fazer um pequeno check-up de tempo em tempo. No entanto, talvez pela minha inexperiência na matéria, ou por apenas ser assim, sempre achei que naquela relação trabalho/custo estes senhores sao uns exagerados quando chega a hora de pagar. É que, quer-se dizer, esburaca aqui, raspa ali, esfrega acolá e pimbas lá vão umas dezenas de euros. Por esta razão estava com um certo receio de ir a um dentista aqui, onde tudo é para lá do caro. Mas mais vale prevenir do que remediar, e como há uns dias me tinha aleijado num dente ao comer, e desde então algo sensível nesse mesmo coitado, achei por bem verificar se estava tudo em ordem. Pois devo dizer que nos 20 minutos que estive deitado na confortável cadeira, 20 minutos inicialmente apontados para um check-up, mas que também foram suficientes para arranjar uma pequena cárie que estava a causar a tal sensibilidade, o que prova a sua pequenez e pouco trabalho que a dentista teve de efectuar. E por esses 20 minutinhos, coisa pouca que nem deu para suar, xularam-me 167 euros. Ladrões! E ainda fiquei 4 horas com metade do lábio anestesiado, que digamos não dá jeito nenhum, quer para comer quer para falar, ora imaginem sorrir mas em que metade do lábio não se mexe, que achei um sensação completamente desagradável!
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sexta-feira, fevereiro 22, 2008
a B-O-L-D statement
Guns don't kill people, physics kills people.
- Dick Solomon
Ainda enquanto por terras holandesas, mais precisamente enquanto aguardava noite após noite pelo vitinho, dei por mim a ver e rever alguns episódios da série 3rd Rock from the Sun, entre outros como Friends e Spin City. Esta série passava na RTP2, que outro canal poderia ser, á hora do jantar, mais ou menos quando todas as televisões estão sintonizadas num outro canal para rever as notícias do dia. Penso que depois também terá sido retransmitida na SIC Radical, mas isso agora não interessa nada. E se já não se lembram ou nunca viram, trata de um grupo de 4 cientistas extra-terrestres que vêm numa expedição para a Terra, considerada por eles como o planeta menos interessante, para conhecer os costumes dos humanos. Uma vez na Terra assumem a forma humana e posam como uma família vulgar tentando, de maneira muito estranha, portarem-se como humanos. A comédia vem da interacção com os humanos e de como agir/reagir a algumas coisas que nós consideramos de "normais" mas que não serão assim tão banais para quem não está habituado a elas. Isto aliado a algumas boas, ou mesmo excelentes, prestações dos actores faz com que considere a série como uma das minhas preferidas. Atrevendo-me a dizer que será possivelmente a melhor série de comédia que alguma vez passou pela minha tv.
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quarta-feira, fevereiro 20, 2008
malina II
Preciso de fazer aqui uma pequena achega, por forma a partilhar o progresso e também algo que me esqueci de referir ontem. No campo dos progressos posso dizer que estou efectivamente melhor, mas ainda combalido da forte não-sei-o-quê que me deu de repente. Por isso podem parar de enviar as centenas de postais com desejos de melhoras rápidas, pois sois todos uns queridos que o senhor dos correios teve de vir munido de saco suplementar para albergar todas as vossas relíquias. Um obrigado do tamanho da lua por cada um desses postais. [Sarcasmo ou ironia.. não sei de qual gosto mais..] E também dei por finalizada a dieta. Uma bela sopa mexicana de vegetais pôs fim a dois dias de jejum. Arriba que no. Sem saber bem o que disse adianto-me para o que me esqueci de referir ontem. Pois não queiram vossas excelências saber que numa semana na Holanda e nem sequer provei uma Heineken!! Mas não se preocupem, pois estou certo que os belgas estarão contentes com o meu trabalho!
terça-feira, fevereiro 19, 2008
malina
Deve-se de imediato um pedido de esclarecimentos com todos vocemessezes que por aqui passam diariamente para um pouco mais saber sobre as idiotices que no norte ocorrem. Sim, eu sei que ninguém passa cá diariamente, mas um gajo pode imaginar coisas destas ou não? Obrigado pela compreensão! Então o que deteve o vosso amigo deste contacto indispensável? Dois coisas, que em parte sao parecidas mas em tudo diferentes. Em termos mais específicos, viagem e doença! A viagem foi de uma semana, de trabalho e rumo a Tilburg na Holanda dos Holandeses. [Será que tal referência também pode ser feita quando ao dito cujo lhe chamamos Países Baixos?] A reter da viagem há pouco. Tirando o hotel, o escritório, bicicletas, táxis e cafés, pouco mais vi. Só posso adicionar que se agarrarem num dinamarquês e o puserem na Holanda ele não vai dar pela diferença. Até ao ponto, mais que óbvio, linguístico, pois tomo-vos por gente entendedora. Ainda, o mais interessante de toda a viagem foi mesmo a forma como esta começou. Chegado ao aeroporto de Reykjavik, onde um carro da hertz deveria estar á minha espera por forma a poder ir para o hotel onde passaria a noite, mas que, afinal, não estava. Depois de alguns telefonemas, um dos quais para uma outra empresa sem ter nada a ver, por engano claro está, sou informado de que alguém iria ter comigo e tratar do assunto. Meia-hora após a minha chegada o aeroporto fechou, o que me obrigou a esperar na rua, eu, a mala o vento a neve e um frio desgraçado, todos agarrados uns aos outros para que ninguém tivesse medo do escuro. O tal fulano, que na altura era conhecido entre todos nós, eu, a mala, o vento, a neve e o frio desgraçado, por um outro nome, ou nomes, menos impróprios para aqui expor, só chegou outra meia-hora depois. E como não contava com o aeroporto fechado, deu com o nariz na porta e sem chave para o meu Yaris temporário. Foi então que mais meia-hora foi precisa para poder ter uma chave na mão. Em troca da hora e meia que perdi, os senhores da hertz arranjaram-me um Avensis todo xpto. Bananas! Sem querer argumentar que não era um carro maior que me davam hora-e-meia de volta, lá parti atrasadíssimo rumo ao jantar. Manha seguinte, dentro do avião para Amesterdão, já sentado, á janela numa das últimas filas, número 32 sendo a última a número 33, um grupo de americanos, que teve de adiar o voo para essa manha devido ao mau tempo da noite anterior, estava de bilhete na mão á procura da fila 34 e 35, onde supostamente se sentariam. Convencidos de que iam ser enviados para a business class, o sorriso das suas caras foi apagado quando afinal era apenas um erro de impressão e sentaram-se á minha frente. E foi o que mais de interessante aconteceu uma semana na Holanda. Tudo em terras Islandesas. Quanto á segunda causa, a doença, fui subitamente vitima de não-sei-o-quê. Se não sabem o que isto nos faz, eu explico, dores de barriga, de costas, de joelhos e efeito ricochete. Ou seja, qualquer coisa que tentam comer é enviada pouco depois de volta pelo mesmo canal, sem direito a negociações nem a avisos, como foi mais que provado ontem. Assim, e de forma forçada, estou em dieta, rigorosa se me permitem acrescentar, desde Domingo. Com dia e meio sem comer, devo opinar a todos aqueles que não conseguem fazer dieta que afinal isto não custa nada.
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quarta-feira, fevereiro 06, 2008
pá
E finalmente não neva hoje de manhã. Talvez seja para deixar as criancinhas circular nos seus disfarces mais à vontade pela terriola que, cantando de porta em porta vão regateando os seus doces. É a tradição do dia de carnaval [ou öskudagur como eles lhe chamam], muito halloweenesca, um dia depois do carnaval dos países que sabem o que carnaval realmente é. É o dia que ninguém leva a mal. Quer gostem ou não desta frase, é o que é. Isto das neves é tudo muito giro. É giro vê-la cair lá fora ou até mesmo em cima de nós, quando dentro de um casaco quente nos encontramos. É giro andar por cima dela, moldá-la em bonecos e usá-la como arma de arremesso. E é também giro escorregarmos nela, quer seja em cima de esquis, de carro [de forma controlada que, caso contrário, passa de directamente para feio, sem passar pela casa da partida e sem receber os 2.000 escudos] ou de uma forma habitualmente conhecida por sku, ou será que se escreve "esqu", abdicando apenas do "i" que, em termos visuais e no que à imaginação diz respeito, é o que mais se assemelha às indumentárias que colocamos agarradas ao pés para melhor deslizar barranco abaixo, desprovido de travões, abs, cintos de segurança, e que não dão jeito algum quando nos apetece, intencionalmente ou não, rebolar ravina abaixo. Mas quando ela nos barra o caminho, já deixa de ser gira. Aliás, passa a ser uma bela praga. Após de nos últimos dias ter nevado nevado quase constantemente, podendo ou não o amigo leitor imaginar o estado em que isto se pôs, as movimentações automobilísticas, e não só, complicaram-se acentuadamente. Ao ponto de na passada sexta-feira não ter conseguido levar o carro até casa, mas apenas até à entrada desta. A 4 metros de estar no sítio devido, o dito recusou-se a avançar mais. Sábado de manhã só precisei de 3 horas e meia, de pá em punho, para o desenterrar, ou será que é "desenevar", e o conseguir mover os tais 4 metros finais!! Desde então não se mexeu mais no mal-mandado, e hoje tem mais o formato de uma carrinha de carga, a título de exemplo, uma Renault Traffic, do que o que realmente é. É para que aprenda!
domingo, fevereiro 03, 2008
s.o.s.: in a manner of speaking
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sexta-feira, fevereiro 01, 2008
30 segundos para fugir
"Life is no cabaret
We don't care what you say
We're inviting you anyway
You motherfuckers you'll sing someday...
- Sing, The Dresden Dolls"
Está visto que eu não devo perceber nada de música. Ou eu ou a Antena3. Esta rádio catita que me tem feito companhia durante estes dias de trabalho, dado o facto de que ainda não passei a minha colecção de música para este computador onde agora trabalho, a uso como fornecedor da tal em falta. O que, digamos com toda a franqueza, tem as suas vantagens. Além da música, da boa, da que não conheço, da má e da péssima, também levo com notícias, do país e do mundo, da música e do cinema, e do que não interessa a ninguém, e com aqueles programas que me fazem rir que nem um perdido, razão pela qual deixei de necessitar fazer qualquer outro tipo de exercício físico, uma vez que, para manter a sanidade mental perante os colegas de trabalho e evitar escangalhar-me a rir, de repente e sem aparente razão, em frente ao ecrã, sou forcado a um esforço que conjunta um complexo de flexões musculares que, ou muito me engano, equivale a correr uma maratona. Duas vezes. Seguidas! [Já agora, cuidado com os dois tigres à solta na N3 e evitem a A5, no sentido Cascais - Lisboa, que está impossível devido a um acidente na via da esquerda. Considerem-se avisados.] Por outro lado, pois há sempre um lado mau - o outro lado da moeda, aquele que dá a escolha do campo/bola ao adversário -, não tenho a possibilidade de passar à música seguinte quando pura e simplesmente a que os senhores da rádio em questão acham um hit do tamanho da lua, a mim não agrada nem pintada de azul e branca. E prontos, já me perdi no que vinha aqui dizer. Talvez um parágrafo me ajude a reordenar as ideias.
Ora bem, dizia eu que ando em discórdia [córdia, já disse - não podia deixar de passar tão fácil piada infantil, o Don Manolete não mo permitiria] com a Antena3, no que respeita a opiniões e afirmações que passam na rádio. O já referido álbum de estreia dos novembro até não é grave, pois fica bem a rádio ajudar todas as bandas que precisam [e estes vão precisar mesmo]. Mas quando bem à baila o concerto dos 30 seconds to mars, que a rádio só relembra a cada 10 minutos, a pompa e circunstancia é por toda demais. Afirmarem que uma das maiores bandas de rock vai a Portugal é já por si um tamanho exagero, sabendo a que banda se referem, e pior é o que rematam de seguida, "vai ser o concerto do ano". Eh pá.. a sério? É que tinha a ideia que rage against the machine, nick cave & the bad seeds e korn, entre muitos outros, também lá [ou cá, como quiserem ler] vão estar. Será que eles não sabem? Acham que lhes podem dizer? Ou será que sou eu que gosto de ser do contra e estes senhores até sao o que de melhor a música tem para dar.. e não apenas mais uma banda que daqui por 2 meses já ninguém se lembra..
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