O Blog do Nando

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domingo, dezembro 31, 2006

xau 2006



Tá na hora de fechar mais um capítulo.
O que agora se encerra, teve os seus bons e maus momentos, como sempre!
Agora desejamos que aumentem os bons e se reduzam os maus.
Lá teremos de fazer por isso.

Um bom 2007 a todos.
Um forte abraço e um beijo repenicado.


It's time to close another chapter.
The one that now ends had its good and bad moments, as always!
Is not time to wish for more good and less bad.
Something we need to work on.

A great 2007 to all of you.
A strong hug and a noisy kiss!

sexta-feira, dezembro 29, 2006

poder oculto

A minha ausência é a prova.
Prova de que nesta terra, no nordeste transmontano, ou sudoeste europeu, dependendo do ponto de vista, existe um poder oculto que transforma as pessoas.
Vai tudo a eito. Seja bom ou reles, grande ou anão, tótó ou pipi, betinho ou zézinho. Todos sucumbem perante tal força. Tal poder.
Até mesmo o super-homem, caso ele soubesse que neste cantinho da europa está este país que não é uma província espanhola e que alberga um poder macabro que tortura gentes, viria cá para ver com os próprios olhos e tratar do assunto. E, já para além de todo e qualquer "suponhamos", ele até viesse cá, eu duvido que conseguisse alterar alguma coisa. Cá para mim, era embrulhado como nós.
Caía na rede.
Era papa de aranha.
Falo-vos do poder que esta terra tem em despertar o senhor preguiçozinho que há dentro de nós. Sim, é verdade, todos nós temos um cá dentro.
Não sei se são os ares, se basta pisar o chão. O que é certo é que é tiro e queda. Zás trás! Pardais ao ninho!
Não adianta lutar. Não adianta resistir. O melhor é encontrar um lugar vago no barco, sentar, relaxar, pedir um gin e seguir viagem.
O mais curioso é que no fim do dia fica a sensação de que o tempo se passou ocupado... ocupado com algo.. mas quando nos debruçamos na almofada, mesmo antes de fecharmos os olhos, não encontramos uma palavra que defina o algo.
É só algo.
Simples e incógnito.
Um algo anónimo.
E já que não há volta a dar-lhe, pode vir mais um fininho, ó fachavor...

segunda-feira, dezembro 25, 2006

um santo natal



A todos que por aqui passam!
Aos que eu vi e que não vi.
Aos que estão por cá e aos que ficaram por lá.
Que a esta hora estejam fartos e cheios de prendas.


To all of you that come here.
To the ones I've seen and haven't seen.
To the ones that are around and the ones that are away.
That by now, you all are full of good food and great gifts.

quarta-feira, dezembro 20, 2006

home sweet home



Tô de volta.
'Inda agora táva na Islândia,
e agora já tô cá!

E pelo meio ficaram 11 dias sem dar notícias. Não houve condições para tal.
Quando se vai à ilha, fica-se isolado (além de "ilhado"). E foi o que aconteceu.

Claro que há muito a dizer e muito a contar. Mas, lá chegaremos com tempo e jeito. Agora quero só agradecer a quem me fez chegar uma palavra amiga naquele grande dia 14. Dia esse que virei o primeiro quarto de século. E mesmo estando longe e no frio, estou certo que muitos se lembraram do evento, mas poucos dobraram o cabo bojador. Assim, um abraço especial à família, ao Henrique, ao Manuel Luís, ao Chico, ao Dagur, à Lúcia e ao Palhau. Bem hajam!


I'm back,
just before I was in Iceland,
and now I'm here!

In between there were 11 days with no word from me. I had no conditions to do so.
When you go to the Island, you get isolated (besides "islanded"). And that was what happened.

Of course there's a lot to say, but we'll get there later.
For now I just want to thank all of you that sent me a friendly word on the past day the 14th. The day I turned a quarter of century. Even being far away, I'm sure that many remembered the event, but only a few took a step further and pass the cape bojador. Thus, a special hug to my family, to Henrique, to Manuel Luís, to Chico, to Dagur, to Lúcia and to Palhau. :)

sábado, dezembro 09, 2006

wiiiiiieeeeee.....



Há uns dias nas notícias, uma atleta portuguesa no Campeonato de Ténis de Mesa para Deficientes Intelectuais, dizia: "...estamos um pouco lentos e a bater mal a bola".
Concordo inteiramente.


A few days ago in the news, a portuguese athlete on the table-tennis championship for intellectual handicaps, said: "... we are a bit slow and hitting badly the ball".
I could not agree more.

sexta-feira, dezembro 08, 2006

é d'homens!



Isto não é fácil de dizer.
E embora tenha um certo aspecto girlish, é muito d'homem.
Como é que posso por isto sem que pareça mal... não sei.. ok não interessa.. aqui vai..
uuu.. não é fácil.. mas tem ser!

Parti uma unha!

Pronto, já tá. Não foi tão mau como pensei que seria.
Mas esperem, antes que dêem largas à vossa imaginação, permitam-me que localize a referida unha! Ora situa-se exactamente no "dedão" do pé direito! No dedo que, se se tratasse duma mão, era um polegar. Mas como é pé, não é! Rima e é verdade.

E como se parte a unha do "dedão" do pé direito?
É simples.
Juntem 13 bárbaros. Eles agora vêm em diferentes sabores. Temos finlandeses, suecos, noruegueses, dinamarqueses, e por ai fora. Escolham a gosto.
Juntem-se a esses 13.
Depois dêem-lhe uma bola prás mãos.
Separem-nos em duas equipas de 7, em que 1 de cada lado fica quietinho a proteger uma região demarcada por traves de madeira. Os restantes, ponham-nos a correr atrás da mesma bola. E digam-lhes que têm de fazer chegar a bola à tal zona protegida pelo sétimo bárbaro.
Quando tudo tiver esclarecido, soem o apito e boa sorte.
Se acabarem com todos os ossos intactos, o nariz na mesma posição com que começaram, nenhuma tatuagem nova (em qualquer parte do corpo) devido a uma escorregadela, ou tombo artístico, e por fim, todas as 20 unhas, então podem dizer que até não correu mal!!

Sim, por qu'isto é um jogo d'homens!


Photo from Helder Rodrigues


This is not easy to say.
And it may sound a bit girlish, but in my defense, it's very man!!
So how can I put this that doesn't sound that bad... hmm.. don't know.. ok, doesn't matter, here it goes!
aaarrrhhh... is not easy.. but has to be!

I broke a nail!

Ah, done! Wasn't as bad as I thought it would be.
But wait, before you let your imagination roll, let me pinpoint what nail it was. It is the big toe nail from my right foot.
And how can somebody brake the big toe nail, you may be wondering...

Well, it is quite simple, as you will see!
Join 13 barbarians. Now they come in different flavors. From finish to norwegian , passing by the swedish and danish. Just pick what you like most.
Join those 13.
Give them a ball to their hands.
Split them in 2 teams of 7. And let 1 of each side stand quietly in front of a region marked by wood bars. The remaining ones, tell them to run after the ball. And tell them to try to take the ball all the way to that marked zone, that the first barbarian is protecting.
When everyone got the idea, blow the whistle and good luck.
If you end with all your bones intact, the noose in the same position as you started, no new tattoos (on any part of the body) by accidental (or not) falls, and all your 20 nails, then you can say that it didn't go that bad!!

Yes, that's because this a man's game!!

quinta-feira, dezembro 07, 2006

nullity!



Um certo professor de matemática, de nome Dr. James Anderson, resolveu um problema que já nos chateava há 1200 anos. O problema do nada! Problema este que nem sequer os distintos senhores Newton e Pitágoras conseguiram resolver.

Mas vamos por partes.

Tenho forçosamente de começar pelo o nome do senhor professor. Dr. James Anderson. Não há muito tempo atrás também eu andava a pensar em nomes a dar ao pequenito. Ficou Gabriel, mas podia muito bem ter ficado Dr. Gabriel. Ou ainda Eng. Gabriel. Ok, depois desta piadinha infantil, queria dizer que os nórdicos neste aspecto estão mais à frente que nós. Não há cá Dr. Alberto Saraiva ou Eng. Roberto Fagundes ou Arq. Zé Meireles. Um é o Alberto, o outro é o Roberto e o outro Zé. O último nome só serve para fazer distinções, caso haja mais que uma pessoa com o mesmo nome. E o Dr., Eng., e Arq nem sequer lhes passa pela cabeça. Nós (o resto do mundo) confundimos um bocado entre o que é uma pessoa com o título que essa pessoa tem. E depois chegamos ao ponto de casos destes:
- Olhe, depois quando acabar de preencher esse formulário, faça o favor de o entregar ao senhor arquitecto.
- ????

Continuando.

De regresso à matemática, o problema do nada é basicamente a indefinição do resultado de uma divisão por zero. Se experimentarem dividir por zero, a vossa máquina dá erro. A vossa e todas outras. Se o piloto automático do avião em que estiverem a voar fizer uma divisão por zero, estão em sarilhos. Se tiverem um pacemaker e este tiver de dividir por zero, já foram!

É portanto um problema sério.

O que este senhor Dr. Arq. Eng Professor fez foi o seguinte. Inventou um número que não existe e disse que se dividirem por zero, dá esse número. Ao qual chamou de nullity.

Fantástico não acham? Tão simples e em 1200 anos ninguém se lembrou de tal coisa. Já que estava com as mãos na massa podia ter resolvido o problema da fome mundial. Inventava um pão que não existe e distribuía por quem precisa... Ou ainda o problema da pobreza. Inventava dinheiro que não existe e dava aos pobres. Foi mesmo falta de lembrança!

Pensando duas vezes, até acho que se este senhor professor (etc etc) não se apressasse, o senhor dr. repórter jornalista do Record, mencionado há uns dias, ia acabar por descobrir esta "pólvora". Não fosse ele um ás na matemática, com cálculos a 222 km/h!


A maths teacher, Dr. James Anderson, solved a 1200 years old problem. The problem of nothing! Problem that neither Newton nor Pythagoras could solve.

But let's take this slowly.

I'm forced to start by the name of this teacher. Dr. James Anderson. Not so long ago I was picking names to my son. We decided to call him Gabriel, but it could have been Dr. Gabriel or even Eng. Gabriel. Ok, so after this little joke, what I mean is that the Nordics are way better than us on this subject. There's no Dr. Something, or Eng. Something, or even Arc. Something. Everyone is called by his own first name, like it should be everywhere. Last names are for distinguish between repeated names. I think we (the rest of the world) tend to mistake who a person is by what's the "title" of that person. And then we get to the point of:
- When you finish with that form, please deliver it to mister architect.
- ????

Moving on.

Back to the maths, the problem of nothing is basically the non-definition of the result of a division by zero. If you try to divide by zero on your calculator you'll get an error. If the auto-pilot of the airplane you're flying in divides by zero, you're in big trouble. If you use a pacemaker and it divides by zero, you're gone!

So, it's a serious problem.

And what this Mister Dr. Arc. Eng. Professor did was the following. He came up with a new number (not from the same line as the other numbers) and said that if you divide by zero, you'll get that number. To this number he called nullity.

Amazing wouldn't you say? So simple and in 1200 years no one could find it out. I think, once he was with his hand on it, why didn't he solved the world starving problem, or even the world poverty problem? He just needed to invent a bread that doesn't exit and give to everyone that's hungry. Or, invent money that doesn't exit and give to poor people. Pity that he didn't thought about that..

But thinking again, I realize that if this Mister Teacher (etc etc) wouldn't hurry up with this new theory, that Mister Reporter (etc etc) from Record, mentioned a few days ago, would get the credits for this discovery. Like he wasn't a mathematic mastermind, calculating up to a speed of 222 Km/h!

terça-feira, dezembro 05, 2006

speed bandits



Sempre acreditei que qualquer coisa que nós vemos, por mais inovadora ou extrema que seja, já tenha sido feita na América. Tudo e algo mais, mesmo o inacreditável, impossível de acontecer na Europa, na América já são águas passadas, ó tempo!!

E é exactamente aqui que tenho de dobrar a língua e dar razão a quem diz que todas as regras têm uma excepção. O seguinte vídeo foi recentemente produzido pela Direcção de Segurança nas Estradas Dinamarquesas. Tem o objectivo de focar a atenção dos condutores para respeitarem os limites de velocidade impostos. E parece que estão a conseguir.. quer dizer.. às vezes! Penso que o vídeo explica/mostra tudo.. :)


I always believed that anything we may think of, or do, being that the most innovating or extreme, it has been done in America. All and every single thing, the unbelievable, the impossible to happen in Europe, it's old news in America!!

And it's exactly here that I have to step back and give reason to whom says that there's an exception for all rules. The following video was made by the Danish Road Safety Council and aims to draw attention to speed signs and speed limits in Denmark. And it looks like it's a success.. well.. sometimes! But see the video, you'll understand.. :)



Portugal também está a precisar de relembrar aos seus condutores os limites de velocidade, não?

Portugal, among other countries, is probably needing to remember their drivers about the speed limits, no?

segunda-feira, dezembro 04, 2006

simply the best!!


It seems today
that all you see
is violence in movies and sex on Tv.

But,
Where are those good ol' fashion values ...

... on which we used to rely?

Lucky there's a Family Guy!

Lucky there's a man who,
positively can do
all the thing that make us ...

...Laugh and cry!

He's
a
Family
Guuuuuuuuuuuuy!







sábado, dezembro 02, 2006

a árvore do millennium (II)



Há 2 anos atrás:

O que aconteceu foi que eu estava em Belém na inauguração da maior arvore de Natal da Europa, sim repito da Europa, porque nós quando fazemos as coisas é em grande, e virei-me para um turista que lá estava e disse-lhe:

- Lá na tua terra não tens disto pois não? A maior da Europa, a MAIOR!

E o gajo vem com uma conversa: Não sei quê, no meu país preferimos gastar dinheiro em outras coisas, por exemplo a evitar que rebentem condutas de agua, que levam ao abatimento do solo, e dessa forma prejudiquem milhares de pessoas...mais não sei que mais e o camandro!
E eu, que ate sou um gajo que, é pá, tenho uma facilidade na exposição de argumentos, não me fiquei e disse-lhe logo:

- A maior da Europa! Toma! Embrulha!

E o gajo começa a falar que não sei quê, lá no país dele quando começa a chover as zonas ribeirinhas não ficam inundadas, e que talvez fosse melhor que, em vez da arvore, o dinheiro fosse canalizado para evitar essas situações. Eu comecei a enervar-me e disse ao gajo:

- Mau, tu queres ver que nos temos que chatear! Eu estou aqui a expor argumentos que... é pá sim senhor, e tu vens com essa conversa de não sei quê. Eu nem quero começar a falar na feijoada em cima da ponte, nem no desfile de "pais natais", porque senão nem sabias onde te metias pá.

O gajo começa a falar de uma coisa qualquer, tipo túneis que são construídos e ficam a meio, e não sei que mais, e eu virei logo costas. Porque quando eu vejo estes gajos que não conseguem aceitar a superioridade de um país e ainda falam, falam... falam, falam... falam, falam... e não dizem nada de jeito, eu fico chateado, claro que fico chateado!!


2 years ago:

What happen was that I was at Belém (Lisbon) at the Europe's biggest Christmas Tree inauguration, yes I repeat Europe, because when we do this kind of things we do it BIG, and I turned to a turist and said:

- Hey, in your country you don't have something like this, right? The biggest in Europe man, the BIGGEST!

And then the guy turns to me saying, because this and that, and in my country we prefer to spend money in other things, for exemple to avoid that water pipes blow and hence cause harm to thousands of people.. more this and that!
And me, a dude that has an easiness to expose arguments, didn't turn back and said to him right away:

- The Biggest in Europe man!! Are you deaf?

Then he starts talking about I don't know what, because in his country, when it rains the houses on the river side zones don't get floded, and that perhaps it was better, instead of the tree, that the money should have been used to prevent situations like that.

Well, I started to get annoyed and I said to him:

- Hey man, are we going to have problems? I am here displaing arguments that... are good, and you come with this fucking talk of you don't know what... I don't even want to start speaking about the huge beans-lunch on the bridge, nor the Santa's parade, or else you wouldn't know where to hide...

The dude start saying something related to tunnels that are started and not finished and I don't know what more, so I just turned my back on him.

Because when I see these dudes who cannot accept the superiority of a country and still they speak, speak, speak, speak and they do not say anything at all, I just get upset, of course I get really upset.

sexta-feira, dezembro 01, 2006

petardo

Lê-se no jornal "Record" da passada Terça-feira:

"Entrou a 222 km/h
RECORD FEZ OS CÁLCULOS À BOMBA DE RONNY


222 quilómetros por hora, aproximadamente. Foi esta a velocidade que atingiu o petardo disparado por Ronny que só parou no fundo das redes da baliza da Naval e foi decisivo para garantir os três pontos.

O cálculo tem como base não só o tempo que a bola demorou a chegar à baliza (28 centésimos de segundo) como a distância percorrida (16,5 metros). Admite-se, no entanto, que a velocidade possa ter sido ligeiramente mais elevada, uma vez que o jogador brasileiro se encontrava descaído para a direita e a bola entrou junto ao poste mais distante, não descrevendo uma linha recta, mas sim uma diagonal."


Gosto essencialmente da parte "..o cálculo tem como base NÃO SÓ o tempo.." como se fosse possível calcular a velocidade apenas com o intervalo de tempo. Como se a distância percorrida fosse apenas mais uma prova deste extraordinário feito, mas irrelevante para o cálculo.
Nada a fazer quando os matemáticos são jornalistas de futebol.
Também interessante é que, com os dados que eles divulgam, a velocidade média de algo que percorre 16.5 metros em apenas 0.28 segundos é de 58.9 m/s ou 214 km/h. Talvez os 222 km/h foram obtidos por "arredondamento". Um arredondamento que não foi feito baseado nas casa decimais, mas sim no número que melhor aparentava na capa do jornal. Sem dúvida, 222 é um belo d'um número.
Depois vem a física. Segunda esta, uma bola de futebol pontapeada por um jogador profissional de futebol não deverá atingir mais que 35 m/s ou 126 km/h. Uma explicação mais pormenorizada aqui.

Assim, em que ficamos?
Tratou-se mesmo de um record, que duplicou a anterior marca?
Ou mais uma oportunidade desperdiçada de não meter os pés pelas mãos perante toda uma nação?