segunda-feira, novembro 28, 2005
xadrez...
trabalho... trabalho.. e mais trabalho!!
Estes últimos dias têm sido um tanto-ou-quanto monótonos.
De volta das mesmas pessoas. De volta dos mesmos assuntos. De volta do mesmo ecrã.
Tudo isto para acabar um projecto para uma disciplina que nos lançou numa ambiciosa missão.
Think BIG! Think very BIG! - foram as palavras há 10 semanas atrás, quando tudo começou. Devo assumir que a primeira coisa em que pensei foi num hipopótamo! Algo grande e majestoso. Só depois, feitas 2 contas de somar e 3 de sumir é que chegamos ao grande, mas não em tamanho, tabuleiro de xadrez...
Aos poucos e poucos, a coisa foi ganhando forma, aparência, problemas, dores de cabeça, soluções - umas boas outras más.
A nossa visão: Xadrez com Apostas!. O nome não é muito pimpão, mas o resto é (ou assim o pensamos um dia).
Criar a possibilidade de 2 pessoas disputarem uma partida de xadrez a partir do telemóvel, com um toque de poker: as apostas.
Uma mistura de intelectuais e gananciosos.
Quem ganha a partida, ganha a peseta! Simples! (é claro que o bicho completo é bem mais complexo..)
Como sempre, os últimos dias são de uma intensidade exponencial, só terminando no acto da entrega e apresentação do protótipo.
E pergunto-me eu, "este tempo todo, esta energia que todos nós usamos para criar algo para o divertimento de outros, será um dia recompensado?" Ou será mais uma a juntar aos milhares de aplicações que jovens informáticos fazem durante a vida de estudante e que ficam arquivadas (será que ficam?) em prateleiras a ganhar pó, e acabam por servir para acender uma lareira num dia mais frio... [e talvez seja este de facto o climax da sua utilidade.. qui çá?]
Aqui fica a cara do bicho:
A palavra que talvez tenha feito tudo isto valer a pena:
Após terminarmos a apresentação (com desmonstração do toda a artimanha), o professor pergunta para a plateia:
- Any questions? Comments? Please..
Ao qual só obtem uma resposta:
- uau..
:)
E agora vou para casa, tentar fechar os olhos e não ver um conjunto de quadrados onde cavalos e torres lutam pela regra básica da física. Até amanhã!
Estes últimos dias têm sido um tanto-ou-quanto monótonos.
De volta das mesmas pessoas. De volta dos mesmos assuntos. De volta do mesmo ecrã.
Tudo isto para acabar um projecto para uma disciplina que nos lançou numa ambiciosa missão.
Think BIG! Think very BIG! - foram as palavras há 10 semanas atrás, quando tudo começou. Devo assumir que a primeira coisa em que pensei foi num hipopótamo! Algo grande e majestoso. Só depois, feitas 2 contas de somar e 3 de sumir é que chegamos ao grande, mas não em tamanho, tabuleiro de xadrez...
Aos poucos e poucos, a coisa foi ganhando forma, aparência, problemas, dores de cabeça, soluções - umas boas outras más.
A nossa visão: Xadrez com Apostas!. O nome não é muito pimpão, mas o resto é (ou assim o pensamos um dia).
Criar a possibilidade de 2 pessoas disputarem uma partida de xadrez a partir do telemóvel, com um toque de poker: as apostas.
Uma mistura de intelectuais e gananciosos.
Quem ganha a partida, ganha a peseta! Simples! (é claro que o bicho completo é bem mais complexo..)
Como sempre, os últimos dias são de uma intensidade exponencial, só terminando no acto da entrega e apresentação do protótipo.
E pergunto-me eu, "este tempo todo, esta energia que todos nós usamos para criar algo para o divertimento de outros, será um dia recompensado?" Ou será mais uma a juntar aos milhares de aplicações que jovens informáticos fazem durante a vida de estudante e que ficam arquivadas (será que ficam?) em prateleiras a ganhar pó, e acabam por servir para acender uma lareira num dia mais frio... [e talvez seja este de facto o climax da sua utilidade.. qui çá?]
Aqui fica a cara do bicho:
A palavra que talvez tenha feito tudo isto valer a pena:
Após terminarmos a apresentação (com desmonstração do toda a artimanha), o professor pergunta para a plateia:
- Any questions? Comments? Please..
Ao qual só obtem uma resposta:
- uau..
:)
E agora vou para casa, tentar fechar os olhos e não ver um conjunto de quadrados onde cavalos e torres lutam pela regra básica da física. Até amanhã!
quinta-feira, novembro 24, 2005
jolasveinar
E mais uma particularidade islandesa: os 13 Pais-Natal!
Já não chegava toda a bicharada que por lá anda, entre elfos, anões, trolls, gnomos, vem agora a época do famigerado bando-Pai-Natal!
Uma gente de costumes não se deixa ir na conversa do Pai Natal versão Coca-Cola que se apoderou de grande parte do mundo.
Para começar, eles são 13! Stekkjarstaur, Giljagaur, Stufur, Thvorusleikir, Pottaskefill, Askasleikir, Hurdarskellir, Skyrgamur, Bjugnakraekir, Gluggagaegir, Gattathefur, Ketkrokur e Kertasnikir. E não são nada parecidos com o conhecido Papá Noel, aquele tipo velhote, a dar pró gordito, de barbas brancas, vestido de vermelho, amigalhaço das criancinhas.
E então o que fazem estes 13 jolasveinar? Eles chegam um-a-um [leia-se um-por-dia], 13 dias antes do dia de Natal. E não vêm com as melhores intenções! Desde roubar, pregar partidas, implorar por comida até comer criancinhas, começando pelas que se portaram mal!
Digamos que.. um pouco diferentes!!
Cá, quem se porta mal recebe um par de peúgos, umas ciroilas, um par de luvas e um garruço para se aconchegar no frio do Inverno, em vez do último Action Man e os seus cúmplices. [quem não conhecer os termos acima designados.. paciência]
Lá, quem se porta mal, acaba por ser a refeição de um Pai-Natal. Não há "xi" nem "mi", é pega lá - dá cá, e não se fala mais nisso!!
Continuando, a mãe e o pai destes 13 pais-natais (a mámãe e o pápái natau), chamados Gryla e Leppaludi, são conhecidos por ser maus.. maus com'as cobras, se me permitem! O que dá pra ver pelas habilidades dos seu lindos rebentos..
Eles (os pápáis) têm um gato enorme, o gato-natal. Eles comem criancinhas e gente graúda, e o gato come quem não recebeu roupas novas antes do dia de Natal.
Hoje em dia a coisa está mais soft. A garotada põe a sua melhor galocha na janela, e em cada um dos 13 dias antes do Natal recebem um presente, caso se tenham portado bem. Caso contrário, recebem uma batata!
Agora se isto é espírito Natalício original, ou consequência de viver numa ilha isolada.. já não sei.. mas deixo ao critério de cada um.
Segundo consta, esta terrível família ainda não está a par das agências de viagens, por isso não deverá ser preciso tomarmos precauções.. but you been warned!
Já não chegava toda a bicharada que por lá anda, entre elfos, anões, trolls, gnomos, vem agora a época do famigerado bando-Pai-Natal!
Uma gente de costumes não se deixa ir na conversa do Pai Natal versão Coca-Cola que se apoderou de grande parte do mundo.
Para começar, eles são 13! Stekkjarstaur, Giljagaur, Stufur, Thvorusleikir, Pottaskefill, Askasleikir, Hurdarskellir, Skyrgamur, Bjugnakraekir, Gluggagaegir, Gattathefur, Ketkrokur e Kertasnikir. E não são nada parecidos com o conhecido Papá Noel, aquele tipo velhote, a dar pró gordito, de barbas brancas, vestido de vermelho, amigalhaço das criancinhas.
E então o que fazem estes 13 jolasveinar? Eles chegam um-a-um [leia-se um-por-dia], 13 dias antes do dia de Natal. E não vêm com as melhores intenções! Desde roubar, pregar partidas, implorar por comida até comer criancinhas, começando pelas que se portaram mal!
Digamos que.. um pouco diferentes!!
Cá, quem se porta mal recebe um par de peúgos, umas ciroilas, um par de luvas e um garruço para se aconchegar no frio do Inverno, em vez do último Action Man e os seus cúmplices. [quem não conhecer os termos acima designados.. paciência]
Lá, quem se porta mal, acaba por ser a refeição de um Pai-Natal. Não há "xi" nem "mi", é pega lá - dá cá, e não se fala mais nisso!!
Continuando, a mãe e o pai destes 13 pais-natais (a mámãe e o pápái natau), chamados Gryla e Leppaludi, são conhecidos por ser maus.. maus com'as cobras, se me permitem! O que dá pra ver pelas habilidades dos seu lindos rebentos..
Eles (os pápáis) têm um gato enorme, o gato-natal. Eles comem criancinhas e gente graúda, e o gato come quem não recebeu roupas novas antes do dia de Natal.
Hoje em dia a coisa está mais soft. A garotada põe a sua melhor galocha na janela, e em cada um dos 13 dias antes do Natal recebem um presente, caso se tenham portado bem. Caso contrário, recebem uma batata!
Agora se isto é espírito Natalício original, ou consequência de viver numa ilha isolada.. já não sei.. mas deixo ao critério de cada um.
Segundo consta, esta terrível família ainda não está a par das agências de viagens, por isso não deverá ser preciso tomarmos precauções.. but you been warned!
quarta-feira, novembro 23, 2005
bicicleta = perigo
A bicicleta é principal veículo por estas bandas. Há mais lojas de bicicletas do que de carros, há mais estradas (mesmo alcatroadas) para bicicletas do que para carros, há quase tantos semáforos para bicicletas como para carros, há mais gente a usar bicicletas que carros e logicamente há mais bicicletas que carros. O que é lógico, uma vez que o sítio mais alto deste aglomerado de ilhas fica ~350m acima do nível do mar.. o que faz com que tudo seja (mais ou menos) plano. Enquanto para nós, tugas da tugolândia, a bicicleta não passa de um brinquedo enquanto chavalos, em que praticamos tudo o que há de mais radical, que vai desde longos cavalos (ou tentativas de) a incríveis éguas (ou cambalhotas acrobáticas), de sem mãos e pés a sem dentes. No entanto, isto depois de uns anos e tal passa a ser cansativo, e acabamos por nos mudar para o conforto automobilístico e o consequente stress do tráfego rodoviário. E ficamos contentes. Aqueles que crescem e não dão este salto fundamental para chegar a adulto, trocam a bicla de chavalo por uma mais pequenita, uma BMX toda tuNNing, e passam os dias aos pinotes e aos trabulhões. Aqui, na dinamarca, eles não crescem nem se radicalizam. A bicicleta estilo sec XVIII é ainda um sucesso e acompanha um qualquer ser andante dos seus 7 aos 70 anos. | Mas porque é a bicicleta um perigo? Passo a explicar na primeira pessoa. Em dias normais (sem chuva ou quantidade excessiva de gelo ou neve) eu utilizo um destes exemplares para me deslocar à faculdade. Obedeço a quase todos sinais que encontro e 5km depois estou no meu destino. O percurso é invertido mais tarde, por vezes à noitinha, no meu caminho de casa. Depois há uns dias em que tenho treinos de andebol, perto da faculdade. Duas vezes por semana para ser exacto. O que difere nestes dias, é que [começar a somar] após 5km ao ir, um longo dia de trabalho, um jantar ligeiro (pois tenho de estar levezito pró treino) e 2h de treino intensivo chega a hora de regressar a casa.[Resultado: esgotadinho, rebentadito, feito em papa] Em dias normais, quando a roda da frente passa por um buraco, automaticamente mudo de sentado a suportado pelas pernas (apoiado nos respectivos pedais) e mantenho-me a uns 5cm de distancia do assento enquanto a física toma conta da bicicleta, regressando ao assento quando tudo parece mais estável. Tudo isto numa questão de milésimos de segundo. Em dias mais cansativos, quando a roda da frente passa por um buraco, automaticamente fecho os olhos and hope for the best, esperando que o buraco seja o menos fundo possível - tentando afastar a súbita ideia de que poderá ser um bruto calhau e que fique a falar "fininho" durante um mês... Depois, o INE cá do sítio diz que 1 em cada 5 dos rapazolas é infértil, apresentando como uma das causas o uso excessivo da bicicleta. E eu digo: tá claro! |
terça-feira, novembro 22, 2005
tenho uma visão..
..a televisão!!
Após um período muy difícil, sem acesso à caixa mágica que mudou o mundo, tive uma vez mais o privilégio de me sentar em frente deste ser precioso durante um fim de noite (depois de jantar até à hora da caminha - incluíndo o vitinho).
Então, e o que esperava eu para este regresso? Nada melhor do que uns verdadeiros clássicos cinematográficos! Assim sem ter tempo para fazer umas pipocas, devorei o Jurassic Park e mais os seus dinossauros, depois algo que não tinha visto, Insomnia, gostei - Al pacino, Robin Williams e Hilary Swank, e depois o grandioso PulpFiction a arrematar a noite.
Ahhh.. que bela noite em frente ao meu novo melhor amigo :)
Após um período muy difícil, sem acesso à caixa mágica que mudou o mundo, tive uma vez mais o privilégio de me sentar em frente deste ser precioso durante um fim de noite (depois de jantar até à hora da caminha - incluíndo o vitinho).
Então, e o que esperava eu para este regresso? Nada melhor do que uns verdadeiros clássicos cinematográficos! Assim sem ter tempo para fazer umas pipocas, devorei o Jurassic Park e mais os seus dinossauros, depois algo que não tinha visto, Insomnia, gostei - Al pacino, Robin Williams e Hilary Swank, e depois o grandioso PulpFiction a arrematar a noite.
Ahhh.. que bela noite em frente ao meu novo melhor amigo :)
sexta-feira, novembro 18, 2005
tákk..
tákk.., o último album dos islândeses Sigur'Rós, é mais um grande álbum no seguimento do som indescritível que caracteriza esta banda. Costuma dizer-se
uma imagem vale mais que mil palavras
que neste caso é,
uma música vale mais que mil palavras
Aconselho todos a experimentar... vão ver que vale a pena!
E já agora, um bom concerto para todos (em especial aos sortudos que conheço, Carolina e André) que vão vê-los neste fim de semana no Porto e em Lisboa. Disfrutem!
que neste caso é,
Aconselho todos a experimentar... vão ver que vale a pena!
E já agora, um bom concerto para todos (em especial aos sortudos que conheço, Carolina e André) que vão vê-los neste fim de semana no Porto e em Lisboa. Disfrutem!
Sigur'Rós:
We haven't found the words to describe our music..
Maybe we will one day..
Thanks.
quinta-feira, novembro 17, 2005
a caminho de Madagascar
Ontem à noite estreou na minha sala de cinema privada um dos filmes mais vistos e mais falados destes últimos meses. Falo claro de mais um filme de animação, desta vez, Madagascar!
Com a plateia cheia (eu sólo), a 1h20m do filme passou num instante, tal a agitação, movimento e animação do filme. Bem divertido, fora do vulgar e excelente em aspectos técnicos. Os pinguins, os meus preferidos, são impecáveis! :)
Mais um filme a não perder para quem ainda não víu!
Tentar comparar Madagascar e o Family Guy é uma tarefa difícil. São dois filmes bem diferentes. Madagascar é mais "animação", Family Guy é mais "adulto", maduro, sério, crítico.. fantástico!
Assim, a escala que usei da última vez não mais se adequa. Passo agora a usar a escala não-contínua dinamarquesa - de 0 a 13 - onde 0 é muito mau e 10 é excelente. Os valores 11 e 13 são para valorizações acima de um excelente - fora de série!
Assim sendo, Family Guy 13 - Madagascar 10!
Com a plateia cheia (eu sólo), a 1h20m do filme passou num instante, tal a agitação, movimento e animação do filme. Bem divertido, fora do vulgar e excelente em aspectos técnicos. Os pinguins, os meus preferidos, são impecáveis! :)
Mais um filme a não perder para quem ainda não víu!
Tentar comparar Madagascar e o Family Guy é uma tarefa difícil. São dois filmes bem diferentes. Madagascar é mais "animação", Family Guy é mais "adulto", maduro, sério, crítico.. fantástico!
Assim, a escala que usei da última vez não mais se adequa. Passo agora a usar a escala não-contínua dinamarquesa - de 0 a 13 - onde 0 é muito mau e 10 é excelente. Os valores 11 e 13 são para valorizações acima de um excelente - fora de série!
Assim sendo, Family Guy 13 - Madagascar 10!
parabéns Chico!
quarta-feira, novembro 16, 2005
companheira de quarto
quando acordo vejo-a,
não sei se ainda dorme àquela hora,
mas ela não responde ao meu "bom dia".
durante o dia vejo as amigas dela,
tal como ela, ficam imóveis quando passo por elas,
uma ou outra foge, talvez envergonhada,
talvez com algo mais importante a fazer...
quando chego a casa, ela nem sempre está no seu sítio habitual,
mais hora menos hora, regressa e acomoda-se,
por vezes tem amigas e visitas à minha hora de dormir,
que me obrigam a ficar de olho aberto
durante os minutos angustiantes em que luto para não adormecer
e ficar à sua mercê, uma noite inteira indefeso, vulnerável,
acabo por vezes a sonhar com ela,
ela e as suas longas pernas,
a dirigir-se a mim, em cima de mim,
até que acordo de manhã,
e a vejo muito sossegada no seu canto,
a dormir ou talvez a olhar-me de lado...
rais'parta as aranhas...
terça-feira, novembro 15, 2005
politiquices...
Pois se pensam que coisas de baixo nível só acontecem em Portugal, devo dizer que estão bem enganados.
No Reino da Dinamarca, onde regras se cumprem à risca.. nem sequer se "dobram" para facilitar o que quer que seja, é hoje dia de eleições autárticas! Até aqui tudo normal... o fora do normal aconteceu ontem pela manhã, quando novos cartazes, alusivos ao Dansk Folkeparti (o PP cá do sítio) estavam expostos no centro de Copenhaga.
E o que havia de especial nestes cartazes?
Ora bem, para começar, o dia antes das eleições é suposto ser um dia livre, de reflexão, sem campanhas! No entanto, estes cartazes não eram de campanha.
Acontece que a candidata deste partido à câmara de Copenhaga é conhecida por ser racista, nazi da pior espécie! A ideia dela é mandar estes islâmicos (que são mais que as mães) todos para o burado de onde sairam.. ao fim ao cabo, é o que toda a gente pensa, mas ninguem diz! Além disto, ela é também uma ex-actriz de filmes pornográficos. Ora isto dá uma mistura explosiva.
Então qual a surpresa dos habitantes de copenhaga, quando acordaram ontem de manhã e viram expostos pelas ruas cartazes onde a candidata por parte do dansk folkeparti estava, 30 anos mais nova, em grande plano num de muitos momentos dos seus filmes!!
Um outro partido, islâmico, quer converter este país ao islamismo! (que original)
Nem quero pensar no que seria caso este partido ganhe.. será que tenho de carregar, lado-a-lado com o meu portátil, um tapetezinho para nos intervalos das aulas fazer um alá-alá tal como há 2 anos atrás nas Antas, nos gloriosos tempos do FCP e do Deco, o mágico?
irra.. até me arrepio só de pensar nisso..
E é assim que se faz política por estes lados... será altura para xutar a afamada frase: "Há algo estragado no Reino da Dinamarca"??
No Reino da Dinamarca, onde regras se cumprem à risca.. nem sequer se "dobram" para facilitar o que quer que seja, é hoje dia de eleições autárticas! Até aqui tudo normal... o fora do normal aconteceu ontem pela manhã, quando novos cartazes, alusivos ao Dansk Folkeparti (o PP cá do sítio) estavam expostos no centro de Copenhaga.
E o que havia de especial nestes cartazes?
Ora bem, para começar, o dia antes das eleições é suposto ser um dia livre, de reflexão, sem campanhas! No entanto, estes cartazes não eram de campanha.
Acontece que a candidata deste partido à câmara de Copenhaga é conhecida por ser racista, nazi da pior espécie! A ideia dela é mandar estes islâmicos (que são mais que as mães) todos para o burado de onde sairam.. ao fim ao cabo, é o que toda a gente pensa, mas ninguem diz! Além disto, ela é também uma ex-actriz de filmes pornográficos. Ora isto dá uma mistura explosiva.
Então qual a surpresa dos habitantes de copenhaga, quando acordaram ontem de manhã e viram expostos pelas ruas cartazes onde a candidata por parte do dansk folkeparti estava, 30 anos mais nova, em grande plano num de muitos momentos dos seus filmes!!
Um outro partido, islâmico, quer converter este país ao islamismo! (que original)
Nem quero pensar no que seria caso este partido ganhe.. será que tenho de carregar, lado-a-lado com o meu portátil, um tapetezinho para nos intervalos das aulas fazer um alá-alá tal como há 2 anos atrás nas Antas, nos gloriosos tempos do FCP e do Deco, o mágico?
irra.. até me arrepio só de pensar nisso..
E é assim que se faz política por estes lados... será altura para xutar a afamada frase: "Há algo estragado no Reino da Dinamarca"??
sábado, novembro 12, 2005
alturas de mudar
Enquanto trabalho, costumo ouvir música, por vezes rádio, mas principalmente recorro aos quase 3 milhares de mp3 que albergo no portátil que me acompanha a todo lado. No meio dessa montanha de músicas, há algumas por lá perdidas, que sempre que são escolhidas aleatoriamente pelo programa, fazem-me lembrar bons velhos tempos!
Mesmo agora, "alturas de mudar" foi uma delas. Foi gravada em Dez-2003, durante um concerto acústico. A música é original do Paulo Carvalho, mas foi adaptada pelos FullMoon, aquela (grande) banda, especificamente para esse concerto. O Paulo sempre foi uma pessoa com um grande talento para a música, na minha opinião. Lembro-me da facilidade com que nós (a banda) e o Paulo conseguimos em pouco tempo dar vida a este tema. Na altura fiquei com uma boa impressão de que seria óptimo trabalhar com ele mais vezes! O resto da banda concordou comigo.
Mas voltando ao que dizia, é claro que depois de ouvir uma música, não consigo evitar de seleccionar mais algumas para tocarem de seguida, passando por alguns ensaios onde acabo sempre por me rir com o espírito fantástico com que se passavam muitos bons momentos de volta dos instrumentos fechados numa garagem.
Assim, quero partilhar convosco a música que hoje despertou tudo isto, esperando que entendam que não se trata de nenhuma gravação (de qualidade) de estúdio.
Ah.. e se me é permitido, há uns meses atrás disseram-me que o Paulo até estava interessado em continuar a banda que estancou após saída do vocalista... mas nunca disse nada porque pensava que nós (a banda) não estávamos interessados... se assumissemos menos e falassemos mais, muitas coisas poderiam hoje ser bem diferentes!!
Mesmo agora, "alturas de mudar" foi uma delas. Foi gravada em Dez-2003, durante um concerto acústico. A música é original do Paulo Carvalho, mas foi adaptada pelos FullMoon, aquela (grande) banda, especificamente para esse concerto. O Paulo sempre foi uma pessoa com um grande talento para a música, na minha opinião. Lembro-me da facilidade com que nós (a banda) e o Paulo conseguimos em pouco tempo dar vida a este tema. Na altura fiquei com uma boa impressão de que seria óptimo trabalhar com ele mais vezes! O resto da banda concordou comigo.
Mas voltando ao que dizia, é claro que depois de ouvir uma música, não consigo evitar de seleccionar mais algumas para tocarem de seguida, passando por alguns ensaios onde acabo sempre por me rir com o espírito fantástico com que se passavam muitos bons momentos de volta dos instrumentos fechados numa garagem.
Assim, quero partilhar convosco a música que hoje despertou tudo isto, esperando que entendam que não se trata de nenhuma gravação (de qualidade) de estúdio.
Ah.. e se me é permitido, há uns meses atrás disseram-me que o Paulo até estava interessado em continuar a banda que estancou após saída do vocalista... mas nunca disse nada porque pensava que nós (a banda) não estávamos interessados... se assumissemos menos e falassemos mais, muitas coisas poderiam hoje ser bem diferentes!!
coincidências linguísticas...
já que estamos numa de estrangeirismos, vou agora abordar o que tem sido um mar de coincidências entre o português e o islandês! De facto, esta última tem sido a língua que mais ouço nestes últimos meses, talvez a par com o inglês.. e nem por isso me ajudou a entender patavina do que ouço.
Para começar, "Meira" quer dizer "mais". Assim, para eles, eu sou o Fernando Mais. Depois, uma das minhas cadelas boxer chama-se "cuca", que para eles significa "cócó".. só depois de saber isto é que percebi porque é que a Hrönn se ria quando eu chamava a cadela.. mas eles também não se podem rir muito pois "bolo" em islandês diz-se "cáca".. depois temos o som universal dos relógios "tic tac", que para eles (sendo neste caso palavras homófonas) significa a palavra de 4 letras com várias aplicações, sendo uma delas um sinónimo de prostituta, e obrigado. Assim, na islândia os relógios fazem "p**a obrigado, p**a obrigado...".. enfim.. e já que estamos a roçar a ordinário, acrescento a palavra "mulher" em islandês: "kona".
É um malta muito interessante... e bastante avançada, quer em termos sociais como tecnológicos! Há 60 anos atrás recuperaram a indepedência perdida há muito tempo atrás para a Dinamarca, e desde então passaram de viver na miséria para um dos países com melhor qualidade de vida a nível mundial. Se não estou erro, são actualmente o número 2, logo após a Noruega. No entanto, é malta que não vai na conversa de santos, mas acreditam em elfos, trolls e criaturas minúsculas que vivem debaixo das pedras e os protegem dos perigos.. que se há-de fazer, cada um com as suas manias..
Para começar, "Meira" quer dizer "mais". Assim, para eles, eu sou o Fernando Mais. Depois, uma das minhas cadelas boxer chama-se "cuca", que para eles significa "cócó".. só depois de saber isto é que percebi porque é que a Hrönn se ria quando eu chamava a cadela.. mas eles também não se podem rir muito pois "bolo" em islandês diz-se "cáca".. depois temos o som universal dos relógios "tic tac", que para eles (sendo neste caso palavras homófonas) significa a palavra de 4 letras com várias aplicações, sendo uma delas um sinónimo de prostituta, e obrigado. Assim, na islândia os relógios fazem "p**a obrigado, p**a obrigado...".. enfim.. e já que estamos a roçar a ordinário, acrescento a palavra "mulher" em islandês: "kona".
É um malta muito interessante... e bastante avançada, quer em termos sociais como tecnológicos! Há 60 anos atrás recuperaram a indepedência perdida há muito tempo atrás para a Dinamarca, e desde então passaram de viver na miséria para um dos países com melhor qualidade de vida a nível mundial. Se não estou erro, são actualmente o número 2, logo após a Noruega. No entanto, é malta que não vai na conversa de santos, mas acreditam em elfos, trolls e criaturas minúsculas que vivem debaixo das pedras e os protegem dos perigos.. que se há-de fazer, cada um com as suas manias..
sexta-feira, novembro 11, 2005
jeg hedder Fernando, hvad hedder du?
..e é assim que se começa em qualquer outra língua.
Após 2 anos a viver neste conjunto de ilhas, pode parecer estranho que ainda não dê uma prá caixa no que respeita a falar o dinamarquês! A simples razão é: não preciso! Toda a gente fala inglês e eu não tenho intenções de ficar por estes lados por muito mais tempo, daí que seria algo que não iria dar muito uso.
No entanto, não há uma única vez que vá de férias a casa e não me perguntem se já falo dinamarques! Não exclusivamente, mas principalmente, é uma típica pergunta da minha mãe. Quando lhe digo que não, ouço exactamente estas palavras:
"-não sei bem porquê, olha por exemplo os ucranianos que vêm para cá, passado 3 meses já estão a falar português, uma no cravo outra na ferradura mas lá se fazem entender."
ao que eu respondo:
"-pois, mas é que eles não se podem servir do inglês, principalmente quando a maior parte desses imigrantes vão trabalhar na construção civil... "
mas serve de nada.. pois para ela, já era mais que tempo de falar um dinamarques correcto!
Ora deixem-me aprofundar este ponto. O dinamarques não é propriamente fácil.. a gramática é parecida à inglesa.. mas eu diria que o principal problema é mesmo a pronunciação. Não consigo explicar isto por palavras é claro, mas vão por mim.. o que eles escrevem e o que eles falam não é bem a mesma coisa. Isto para não mencionar os sons esquisitos, que só dão ideia que têm uma batata quente na boca.
Como se isto não fosse de si já suficiente, aqui vai uma das primeiras coisas que se aprende: os números! Para dar uma ideia da coisa, pensem de como os "avecs" dizem 80 (quatro-vinte) - 4x20=80.
Então aqui vai, a coisa começa simples: en, to, tre, fire, fem, seks, syv, otte, ni, ti, e por adiante até 20 - tyve! Assim que pensamos que é isto é canja as coisas dão a volta como um sino! De vinte em diante, dizem vinte e o número, tal como nós.. mas ao contrário! Ou seja, 21 é en og tyve - um e vinte! E a coisa melhora assim que se chega a 50! Estes senhores aqui acharam por bem só haver números até 40, depois a coisa fica mais matemática. Para começar pelo mais simples, vamos ao 60 e 80, que como os franceses fazem é: tres (diminuitívo de tresindstyve que significa 3x20) e firs (diminuitívo de firsindstyve que é 4x20). 50 é halvtreds que quer dizer (3 - 1/2) x 20, literalmente, "um terço", ou seja 2 x 20 mais metade de um terço x 20! Fácil não é? Por exemplo, 55 seria "5 e 2x20+(1/2*1/3)*20 - fem og halvtreds!
Só para completar: 70 é halvfjerds ou seja (4 - 1/2) x 20, e 90 é halvfems ou seja (5 - 1/2) x 20, o resto é só fazer as contas!!
e agora digam-me, mas para quê complicar uma coisa tão simples???? E para que raio quero eu aprender uma coisa destas sem necessidade?
Após 2 anos a viver neste conjunto de ilhas, pode parecer estranho que ainda não dê uma prá caixa no que respeita a falar o dinamarquês! A simples razão é: não preciso! Toda a gente fala inglês e eu não tenho intenções de ficar por estes lados por muito mais tempo, daí que seria algo que não iria dar muito uso.
No entanto, não há uma única vez que vá de férias a casa e não me perguntem se já falo dinamarques! Não exclusivamente, mas principalmente, é uma típica pergunta da minha mãe. Quando lhe digo que não, ouço exactamente estas palavras:
"-não sei bem porquê, olha por exemplo os ucranianos que vêm para cá, passado 3 meses já estão a falar português, uma no cravo outra na ferradura mas lá se fazem entender."
ao que eu respondo:
"-pois, mas é que eles não se podem servir do inglês, principalmente quando a maior parte desses imigrantes vão trabalhar na construção civil... "
mas serve de nada.. pois para ela, já era mais que tempo de falar um dinamarques correcto!
Ora deixem-me aprofundar este ponto. O dinamarques não é propriamente fácil.. a gramática é parecida à inglesa.. mas eu diria que o principal problema é mesmo a pronunciação. Não consigo explicar isto por palavras é claro, mas vão por mim.. o que eles escrevem e o que eles falam não é bem a mesma coisa. Isto para não mencionar os sons esquisitos, que só dão ideia que têm uma batata quente na boca.
Como se isto não fosse de si já suficiente, aqui vai uma das primeiras coisas que se aprende: os números! Para dar uma ideia da coisa, pensem de como os "avecs" dizem 80 (quatro-vinte) - 4x20=80.
Então aqui vai, a coisa começa simples: en, to, tre, fire, fem, seks, syv, otte, ni, ti, e por adiante até 20 - tyve! Assim que pensamos que é isto é canja as coisas dão a volta como um sino! De vinte em diante, dizem vinte e o número, tal como nós.. mas ao contrário! Ou seja, 21 é en og tyve - um e vinte! E a coisa melhora assim que se chega a 50! Estes senhores aqui acharam por bem só haver números até 40, depois a coisa fica mais matemática. Para começar pelo mais simples, vamos ao 60 e 80, que como os franceses fazem é: tres (diminuitívo de tresindstyve que significa 3x20) e firs (diminuitívo de firsindstyve que é 4x20). 50 é halvtreds que quer dizer (3 - 1/2) x 20, literalmente, "um terço", ou seja 2 x 20 mais metade de um terço x 20! Fácil não é? Por exemplo, 55 seria "5 e 2x20+(1/2*1/3)*20 - fem og halvtreds!
Só para completar: 70 é halvfjerds ou seja (4 - 1/2) x 20, e 90 é halvfems ou seja (5 - 1/2) x 20, o resto é só fazer as contas!!
e agora digam-me, mas para quê complicar uma coisa tão simples???? E para que raio quero eu aprender uma coisa destas sem necessidade?
quinta-feira, novembro 10, 2005
quem descobriu a américa?
ausência
Olá, sou eu!
Tou de volta :)
É, fui ali mas já voltei! Tal como o meu aparentado Dino Meira cantava:
"voltei voltei, voltei de lá,
ainda agora estava em França,
mas agora já estou cá!"
Bem.. eu não estive bem em França.. mas sim num sítio frio, quer dizer, em França também deve estar bem frio, pois eles não param de acender fogachas onde quer que seja... eu, por outro lado, estive mais uma vez no norte.. foi! Assim vindo do nada e após 2 semanas de lá ter estado, voltei lá.. foi sorte, lucky fares, so they say!
Pronto, já me estou a esticar.. era só mesmo para dizer que cá tou, e por esta simples razão não tenho actualizado o blog (nem respondido aos comentários - sorry André). Não quero que pensem que me estou a baldar ou de cama com gripe dos pintaínhos..
Tou de volta :)
É, fui ali mas já voltei! Tal como o meu aparentado Dino Meira cantava:
ainda agora estava em França,
mas agora já estou cá!"
Bem.. eu não estive bem em França.. mas sim num sítio frio, quer dizer, em França também deve estar bem frio, pois eles não param de acender fogachas onde quer que seja... eu, por outro lado, estive mais uma vez no norte.. foi! Assim vindo do nada e após 2 semanas de lá ter estado, voltei lá.. foi sorte, lucky fares, so they say!
Pronto, já me estou a esticar.. era só mesmo para dizer que cá tou, e por esta simples razão não tenho actualizado o blog (nem respondido aos comentários - sorry André). Não quero que pensem que me estou a baldar ou de cama com gripe dos pintaínhos..